feliz natal

para ver sem som e em repeat

one of these pics a day keeps the doctor away...

este natal não vou dar prendas, fico com pena. custou-me muito mais não ter tido férias de verãozão. mas este natal eu terei dado a volta a uma questão complicada, que parece não ter fim, brutalmente exigente, super estimulante, bué alienante. em 2010 ficará para trás das costas e isso é tão bom. acho que não pus ainda nenhuma foto minha aqui. foi tirada no domingo, na ericeira que é a minha praia. o dia estava lindo, a luz límpida, o mar interminável e a espuma das ondas branca e fresca fresca fresca - a espuma das ondas é para onde me apetece olhar na praia. estou cansada, meia vazia, mas sinto o brilho de uma luz qualquer. eu fiquei calada em frente ao mar a sentir aquela dimensão toda, a cor, a espuma, a areia, o ceú limpo, o cheiro perfeito. penso sempre na clarice que dizia que, no primeiro mergulho, dava um golo de água de mar para se misturar toda com ela. tudo isto é overwhelming. estou de rastos mas tudo isto é overwhelming. e acho que vou conseguir.

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Parque Tejo

Acabamos por não conseguir sair de Lisboa, mas fomos outra vez ao "next best thing", o parque Tejo, entre o parque das nações e o Rio trancão. No Verão tem demasiada gente, mas no inverno, nestes dias de sol meio frios, é perfeito.

Paisagens

Tirei estas duas foros de dois blogs diferentes, já não me lembro quais. Ando com uma terrível vontade de ir ver novas paisagens, fora da cidade, caminhar com o frio do Inverno na cara, chegar a casa cansada e beber algo de quente...

Greenberg by Noah Baumbach

Heaven can Wait

Charlotte Gainsbourg "Heaven Can Wait" from Beck Hansen on Vimeo.

i'm not young enough to know everything

Hoje bebi café a mais... Chatice. Eu nem se quer gosto de café, bebo-o mais para nõa cair para o lado a dormir depois do almoço e normalmente com esse dou-me bem. Mas hoje apetecia-me uma coisa quentinha à tarde e chocolate quente é uma miragem neste país, portanto pedi um galõa e veio logo um galão de máquina... dois cafés portanto... e agora estou aqui neste estado de semi torpor e ansiedade à espera que o efeito pare e que isto nõa me obrigue a voltar aos meus horários noctívagos.

Sim, porque na última semana e meia estou estranhamente com horários diurnos. Nõa me perguntem como é que isto aconteceu, os meus sonos e a controlo que têm sobre mim continuam a ser um grande mistério na minha vida. Penso que levei a minha nactambulice ao máximo numa semana em que tinha que entregar um relatório e estive doente e isso teve consequências. Insónias e afins. Tensões cá em casa porque ninguém consegue viver com uma pessoa com os horários tõa descontrolados como os meus... Bom, quando o relatório foi entregue acabei por dar a volta, adormecia às 7 da noite e acordava às 6 da manhã. Uma fase ainda mais estranha... Agora já estabilizou de forma mais normal, vamos ver se se mantém.

Estou a escrever isto e o ragazzo está lá em baixo a ver o jogo de Portugal com os auscultadores :). A desvantagem da televisõa em HD é que está uns bons segundos defasada em relaçõa a outras televisões, portanto para nõa ouvir os festejos dos golos antes do tempo o Afonso tem que se isolar do resto do mundo. Na verdade eu prefiro assim, eu nõa consigo ver jogos da selecçõa, fico demasiado nervosa por causa da importância que isso tem para todos à minha volta. Fico com pena das outras equipas. Nunca fui capaz de suportar a tensõa e podendo evito esse tipo de sofrimento.

Ando completamente dislexica a escrever, têm que me desculpar, é uma desgraça. Nõa sei o que se passa com os meus dedos, nõa me obedecem muito bem. Em particular agora escrevo sempre õa em vez de ão, acham normal? Já lá vai um mês que isto me acontece todas as vezes e a coisa começa-me a irritar (por essa razõa nõa vou corrigir o erro aqui no post).

:) :) O ragazzo lá em baixo grita pelo treinador do Benfica :) Bom, nõa, na verdade acho que é a outro Jesus que se está a referir ;)

Hoje estive a ler um artigo de uma menina que fez uma tese igual à minha, exactamente ao mesmo tempo do que eu. Única diferença? Ela já a escreveu e eu não :). Isso e o facto de ela ser francesa e ter analisado outra realidade. Tivesse sido há uns anos atrás acho que teria ficado muito preocupada com isto, agora já nõa, pelo contrário, ver escrito aquilo que tem andado na minha cabeça e que tenho tido dificuldades em passar para o papel na verdade tranquiliza-me um pouco. Faz-me sentir que algures há algo para dizer no meio de tudo o que tenho pensado. Dá para organizar um pouco as ideias, concentrar-me no mais importante, perceber o que eu tenho para dizer a mais do que ela... Algures vejo uma tese, o que me vem tranquilizar um pouco porque até recentemente andava tudo muito baralhado na cabeça.

Tenho só que conseguir escrevê-la agora, o que nõa é necessáriamente fácil. Tive recentemente de fazer uma mini tese no meio da tese para garantir o meu sustentamento e foi duro. Obriga-nos a investir nas coisas que fazemos bem, mas sobretudo a percebermos as nossas limitações. E as nossa limitações têm a ver com a distância entre aquilo que está na nossa cabeça como ideia e o que de facto conseguimos transpor para o papel. Tenho sempre inveja das pessoas que escrevem com facilidade. Quando digo isto normalmente respondem-me que é uma questõa de trabalho e de treino o que, tenho que dizer, me irrita solenemente. Nõa é que nõa concorde, é so que às vezes é bem mais do que isso e torna-se uma luta complicada.

Por falar de escrita de teses :) :)... Hoje estive a ler o artigo sobre a identidade da blogger inglesa Belle de Jour. Eu tinha acompanhado um pouco o blog dela há uns anos atrás quando surgiu, mas depois desinteressei-me. A prostituiçõa, como ponto de partida ficcional, é como os vampiros e os extraterrestres, nõa me diz absolutamente nada. Mas bom... no outro dia tinha visto que tinham feito uma série a partir dos livros feitos a partir do blog e tinha ficado a pensar se sempre tinham descoberto quem era o autor do blog (especulou-se muito se seria um homem). Agora finalmente já se sabe que é uma mulher, uma investigadora com um passado de call girl de luxo. Voltando às teses, numa entrevista perguntaram-lhe porque começou a trabalhar como prostituta e a autora respondeu:

“I submitted the thesis but I was still preparing for the viva — there was quite a lot of writing and studying still to do.(...) I couldn’t find a professional job in my chosen field because I didn’t have my PhD yet. I didn’t have a lot of spare time on my hands because I was still making corrections and preparing for the viva; and I got through my savings a lot faster than I thought I would. (..) Yeah, you could work behind a bar. But how many hours would you have to do just to pay your rent? (..) To be honest, the writing-up of a thesis takes up so much of your time and so much of your energy.”

Ahah :). Muito bom. Escrever uma tese de facto dá cabo de nós, mas nunca tinha pensado que poderia levar alguém a prostituir-se (bom, fisicamente falando, porque intelectualmente todos nós acabamos por cair nessa tentaçõa). É a melhor desculpa do mundo :). (e nõa te preocupes, Afonso, nõa penso utilizá-la daqui a uns meses quando as poupanças se forem... acho ;)

Aparentemente estamos no mundial, informam-me :). Coitadinhos dos bósnios, gostava que estivessem lá connosco.

He he, já nõa escrevia tanto assim há meses, meses! É o que dá uma overdose de café. Nõa que eu nõa pense em postar um pouco mais, pelo contrário. Eu acho que ter um blog me faz bastante bem à cabeça, no sentido em que muitas vezes penso em discurso directo em vez que andar a remoer as ideias de forma fechada, o problema, uma vez mais, é depois passar essas ideas e discursos para o papel e para vocês, meus leitores semi-imaginários. O facebook também veio descentivar o investimento aqui no blog, porque cumpre um pouco essa funçõa comunicadora...

Por falar em facebook... Uma das suas coisas boas é o facto de me ter voltado a pôr, mesmo que indirectamente, em contacto com os meus ex colegas de liceu lá de Itália. Estou a falar das pessoas com quem partilhei o quotidiano durante 5 longos anos, mas com os quais perdi quase completamente contacto quando regressei a Portugal (com a excepçõa da minha "irmã" Arianna, claro está). Bom, hoje recebi um mail de um meu ex colega, com quem eu partilhei a mesa quando tinha 15/16 anos, já lá vão quase 20 anos. Colega este que nõa só nos fazia imensamente rir, como fumou demais na vida e tinha (e tem, dizem-me) o ar mais charrado do mundo, mesmo quando nõa estava charrado. Apesar de já nõa falarmos há anos, hoje ele escreveu-me um mail, no seu estilo muito próprio, só para me dizer que lhe fazia prazer informar-me que o meu antigo colega de carteira irá ser pai em Março. De um pequeno italo-japonês. E eu achei isto a coisa mais linda do mundo. A sério, quase que chorei...






A citaçõa do título é do Oscar Wilde, e tirei-a daqui.

MUJI + LEGO

Esta é possivelmente a melhor ideia que eu vi nos últimos anos...



Teria dado tanto uso a uma coisa destas se tivesse sido inventada no meu tempo...

Por enquanto só vai ser lançado no Japão :(. Talvez na ebay...

tal como todos os relógios da biblioteca da faculdade de letras estão parados ou errados, também eu gosto de trabalhar ao sábado de manhã. apanho uma hora que "não é de ninguém". costumo ouvir uma rádio on-line norte-americana, kcsm da california, que só passa jazz. acho que na california o tempo recua 8 horas. então, de manhã, quando ligo a telefonia, eu ouço o programa da madrugada e depois o grande morning cup o' jazz. desfazada nos tempos, que é basicamente assim que ando, às vezes consigo encontrar uma linha só minha, que já é confortável, familiar e segura. uma linha que atravessa o tempo, o espaço e todos os outros, uma linha que sou eu. no início, detestava esses relógios malditos que parecem não ajudar. agora, quase que os cumprimento. eles parecem dizer-me faz o teu tempo, filipinha.

Atlanta Bartlett

Já aqui tinha falado na Atlanta Bartlett que é autora de um dos meus livros de decoração favoritos.

Hoje descobri que tem uma nova loja on-line com coisas muito lindas e caras. Mas pronto, dá para olhar e depois ir à Zara Home procurar algo de similar ;)

E juro-vos, se não fosse o preço, este candeeiro vinha já, mas já aqui para o meu quarto.

tão lindinho...

Confesso que o cogumelo me lembra talvez demasiado a branca de neve da Disney, mas eu adoro coisas com vidro... ainda por cima assim pequeninas :)




Daqui

Fotos

Duas fotos de um blog de fotografias que eu gosto muito de seguir...



Esta, porque não há mania na decoração que me irrite mais actualmente do que os "murais de fotos" (vistos e revistos, e normalmente pouco conseguidos) e as cabeças de animais (não, me perguntem o porquê, mas aparentemente qualquer designer ou artista que se preze tem agora que ter uma cabeça de animal em casa, verdadeira no caso dos puristas, falsa no caso dos ecologistas. É um mistérios que me escapa...). Nesta foto temos os dois, mas funcionam à perfeição :). Quero ter eu também uma parede assim.




Esta, só porque there is no love like your first love :)

receber màs notìcias ao telefone e longe è horrìvel. eu fiz 32 anos no domingo passado e tenho a perfeita noçao da minha sorte, do papel que a sorte tem na minha vida. a tètè morreu, ela era amiga da minha famìlia e foi uma morte complicada, fodida sera o termo correcto. os abanoes doem, a pessoa acorda prà vida e as coisas à nossa volta parecem terem sido re-arumadas, re-arranjadas por um estranho. eu obviamente nao era assim tao pròxima da tètè mas eu gostava bastante dela, tinha uma cara muito gira, dava sempre muitos abracos e tratava-me por menina e por você. nestas situacoes nao ha grande coisa a dizer, amanha o meu pai faz 56, haverà mais avioes pra apanhar e da pròxima vez que comer um chocolate, que der um merguho na àgua, que abracar uma pessoa eu sentirei tudo do alto destes meus abençoados 32, sem dùvida luminosos.

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daqui

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Daqui.

Espólios da abertura de um furo

Passei os últimos dois dias a inspeccionar a abertura de um furo. Primeiro o processo de escavação de um furo de 26 metros de comprimento e depois a instalação da bomba e sucessiva extracção da água. O resultado foi um sucesso, mas confesso que não foi assim muito divertido. Muito tempo passado, um pouco inutilmente, a ver os homens trabalhar. Passado algum tempo dei por mim a vaguear e a inspeccionar o terreno, coleccionando o que me foi parecendo interessante.




(os cacos estavam algures pelo terreno. É claro que eu decidi que são vestígios arqueológicos importantíssimos ;). Bom, importantíssimos não serão, mas esta zona da Ria de Alvor é rica em vestígios neolíticos e romanos, portanto talvez não esteja a inventar assim tanto :))

Forest Bound

Gosto muito das malas que esta senhora faz. Tudo com materiais reciclados, sobretudo tecidos antigos do exército. Todos em cores muito neutras. Mas parecem-me imensamente bem feitos e com um design muito simples e bonito. Muito lindos.




Vendem-se aqui (de vez em quando, ela não actualiza muito a loja, são peças únicas).

Enjoying Grizzly Bear

Two Weeks - Grizzly Bear from Gabe Askew on Vimeo.

(Este vídeo foi feito por um fan, o que não deixa de ser extraordinário. Acho que o vídeo original é este.)

this magic moment

quando vejo os filmes com uma lupa, tento perceber o lugar da câmara que é a quem delego o meu olhar. então eu tento perceber como é que eu estou a observar:
se as personagens guiam a minha atenção,
se, mais autónoma, olho para o espaço para compreendê-lo,
ou se simplesmente apanho aquela realidade e aceito-a como ela é.

o momento preciso da encantação entre o meu olhar e o da câmara é aquele momento mágico, este em que as três situações possíveis se sobrepõem e há uma química no ar. esta cena do lost highway é sensual e intensa e não é apenas por ser o encontro fulminante entre a querida femme fatale e um pequeno jovem frito - uma variação fixe do blue velvet. é porque a atmosfera toda está impregnada dessa tensão que a câmara agarra e expande e que me a passa a mim. há a câmara lenta, a fisicalidade dos actores, aquela música linda e óbvia cantada pelo lou reed, o passado e o presente das personagens e o próprio cenário: a oficina automóvel. do meu lado, que estudo e esmiuço, como agora se diz, rendo-me e aceito entrar naquela coreografia.
é limpinho, limpinho.

Who do you think you are?

Tenho sido péssima a postar coisas aqui no blog, mas sinceramente ando sem cabeça para escrever longos posts. Penso neles, mas a capacidade de os passar para o computador é demasiado reduzida. Portanto tem que ser assim, uma coisa de impulso e muito baseado em coisas práticas.

Começando por dizer que o melhor programa que dá neste momento na TV é sem dúvida o "who do you think you are?" da BBC. Dá num canal obscuro e estranhíssimo, que não sei se está disponível para toda a gente, que é o Zoner (74 MEO). Felizmente o Meo deixa-nos programar gravações e vai-me gravando os episódios todos os dias. São um pouco aleatórios, de temporadas variadas e às vezes os episódios são repetidos, mas têm dado regularmente desde que comecei a ver.


Trata-se de um programa em que ajudam uma celebridade qualquer (actor, apresentador, realizador, etc.) pesquisar a sua árvore genealógica e descobrir um pouco mais sobre os seus antepassados. A coisa funciona porque é feito pela BBC, no bom estilo documentário inglês, aproveitando as histórias de vida dos antepassados das pessoas para contar um pouco como era a realidade naquele tempo e naquele local determinado.

Portanto um programa que mistura estilo documental inglês, celebridades, um pouco de reality tv e história social. Estou absolutamente convencida que estavam a pensar em mim quando tiveram esta ideia.


Os programas são muito diferente, uns mais interessantes do que outros. Li algures que eles começam a preparar uma temporada à volta de 12 pessoas, mas que depois vão eliminando aquelas que não têm uma árvore genealógica muito interessante, ou que repetem um pouco temas já abordados.

Entre os que já vi está o do Jeremy Irons à procura das suas raízes irlandesas, o David Suchet a viajar até à Rússia, a modelo Jodie Kidd a perceber que o seu avó não era assim muito boa pessoa, o Jerry Springer (sim, o apresentador malfadado) a descobrir o que aconteceu às suas avós que morreram no holocausto, a actriz Julia Sawalha (da série Absolutely Fabulous) a reaproximar-se das suas raízes tribais na Jordania, a Patsy Kensit emocionada por descobrir que, apesar de o pai ter sido um gangster, muitos dos seus antepassados eram boas pessoas, muito religiosas...



A capacidade que os ingleses têm para terem os arquivos históricos organizados e disponíveis não deixa de me espantar...

e eu estive uma semana sem fazer nada, dormi, vi televisão e quando o sol apareceu fui dar mergulhos e estar parada de olhos fechados com a cara virada para o céu. o tejo anda cheio de cruzeiros e num momento meio fraco lá sinto vontade de me meter neles e sair em direcção ao mar. quando me licenciei eu passeava bastante junto ao rio, sozinha, a pensar e tal. eu hoje já nem sei bem o que isso é mas faço planos para o próximo ano para depois perdê-los numa respiração qualquer. hoje no jardim do museu consegui prolongar um bocado o sol em mim, tão bom em tempos de amigos que já lá vão. doem-me as costas e devia estar a nadar, talvez hoje vá ver o ponyo. o sol bate directamente na sala à tarde e eu não quero sair daqui, esta casa é mesmo bonita no sentido em que é bonito estar nesta casa. vi tantos amigos esta semana, dos que raramente vejo. foi bom mas já está lá atrás. acontece que é 17 de setembro e eu entrei no mar 5 vezes este verão e isso fod...-me o espírito, é que hoje já pus jeans e tenho medo que o calor se vá porque muito sinceramente se ele se for, quando ele se for, tenho medo de não conseguir aguentar com isso.

amo esta versão.
ignorar as imagens que distraem da música

o tarantino é um super herói,
os filmes deles dão vontade de uma pessoa se benzer,
a primeira cena do filme vale por mil,
há lá uma outra que vale o filme todo,
salas de cinema dentro de filmes mexem bué comigo,
aquela encenação toda deixou-me de lágrimas nos olhos.
o gajo mau é muito bom.
depois do pulp fiction a pessoa não esperava muito mais.
e depois veio o jackie brown.
e depois os kill bills.
(e pelo meio aquele excelente epis. do CSI.)
o tarantino deixa a fervilhar tudo aquilo em que toca.
pessoalmente,
eu ainda não parei.

hoje voltou a aquecer e ao fim de alguns dias de trabalho disparatámos na comidinha. estar no sobral algum tempo é sempre assim, dantes havia a maria duarte, agora comprei m&m's e bolo de chocolate daquele que é só pôr na forma. enfim. tenho regado o jardinzinho e cortado todos os dias bocados de uma trepadeira que já se impôs noutras plantas. aqui há um super colunas cromas e é possível ouvir-se música bem alto, é tão bom. a pessoa demora a ligar-se às plantas, elas estão danificadas, secas, algumas mortas. ouve uma altura que tinha bastantes em casa e havia tempo na rotina para cuidar delas e perceber num tempo certo do que elas estariam a precisar. ontem falei falei falei ao jantar. dentro de meses acaba uma fase da minha vida e isso dá sempre para introspecções e retrospectivas. sobretudo do que gosto é lembrar-me do que eu era antes do doutoramento. é como sair de uma trip intensíssima, exigente, super saborosa e muita bonita. mas sabe bem sair dela porque às vezes é um poço, outras vezes um mar. enfim, à noite penso assim, de dia estou mais terra a terra. sem televisão é para o que dá.
apanhámos os limões no fundo do quintal, estavam já no chão mas ainda eram perfurmados e cheios.

Mad Men

Fazendo o download do segundo episódio da terceira temporada :)

Esther Phillips

Há umas senhoras cuja voz eu não consigo resistir... é assim mini-vício.



PS - O site está a passar por umas transformações, como devem ter notado. Confesso que não percebo nada de linguagem HTML portanto de vez em quando acontecem umas coisas estranhas que não sei controlar (por exemplo não sei porque é que os links foram parar a baixo do "header"). Mas espero resolver isso brevemente. Por falar em "header"... a foto que lá está agora é bonitinha, mas não tem nada a ver com sapais :). Foi a melhor que encontrei até agora porque é simples e verdinha, o único problema é que cada vez que abro o blog sinto-me um personagem dos Six Feet Under ;)

chegámos na quinta e ontem fomos dar um mergulho na barragem. lá a paisagem é linda, com a serra da gardunha ou da malcata, nunca sei, ao fundo. a barragem é bastante zen, é grande e a a água reflete as cores das árvores à volta. há uma ilhota engraçada e ontem eu estava a aguar por um mergulho fresquinho, tinha acabado mais um capítulo. lá fomos, água e uvas, livros e alguma ansiedade. escolhemos bem o spot, para não ficar perto de ninguém, ali onde o prazer chega da distância que se sente por dentro e do silêncio.
na ilhota uma família local acampa e ouve a renascença aos berros e tal como se ouve as águas de março - música que se deveria ouvir uma vez por dia -, ouve-se o candle in the wind ou não sei quê, mais o chato do represas, e umas outras músicas sem explicação. a água, que de longe é linda e limpa e límpida, de perto não é tanto assim. um cena esponjosa esverdeada boia na entrada, parecia que um colchão se tinha desfeito ali ou então que uma variação nojenta dos limos tinha sido criada. tudo bem, a minha irresponsabilidade e freakcalhice não me paralisam. a água estava quente e por isso mandei-me lá para dentro, é que eu estava a precisar. eu mandei-me, mas a cena esponjosa não se afastava quando eu, com a delicadeza deste meu corpo todo, mergulhava. saímos pra secar e esquecer. só que havia mosquinhas. mudámos de spot. novo mergulho, nova música na renascença, era o elton john. eu esforço-me sempre por ver o lado de bom de tudo. e cantei e dancei. mas tinha os pés dentro de água e senti umas picadinhas e quando olhei umas mini-minhocas estavam coladinhas aos meus pézinhos e eu arranquei-as com alguma força a lembrar-me da cena do stand by me, quando os rapazes saiem de um lago com sanguessugas e feita otária eu só pensava NÃO POSSO TER SANGUESSUGAS, NÃO POSSO ATRASAR A TESE. :D :D
eu ando feliz, isto custa mas eu ando feliz. a casa onde estou é linda, é um bocadinho o meu jungeiros, carolina. (mas eu sou da cidade.) daqui a uma semana chega o meu paizão, os meus manos e sobrinho e mais a teresa. até lá tenho de aproveitar este tempo dilatado que uma casa sólida e sem tv no meio de uma aldeia da beira baixa produz.
daqui a bocado vou apanhar limões.

...

(ou não fosse este um blog de duas meninas actualmente a escrever teses :)

daqui

do que uma pessoa é capaz

quando ouço isto,
e já não ouço assim tanto,
fico com vontade de ter filhos
e mostrar do que uma pessoa é capaz.

as músicas do zé mário branco e dos outros da pandilha
são os alicerces desta amiga.

e daqui sai uma epígrafe para a tese, se não para os filmes, certamente para as pessoas:

A vida é como uma estrada
Que vai sendo traçada
Sem nunca arrepiar caminho.
E quem pensa estar parado
Vai no sentido errado
A caminhar sozinho.

Batatas com amêndoas e açafrão das índias

Tinha feito aqui uma grande introdução para esta receita, mas depois a meio do post o programa foi abaixo e perdi tudo. Seca... Bom, resumindo: o que eu vos queria dizer é que esta é uma das minhas receitas de batatas preferida, sem dúvida. Só não a faço mais vezes porque sou imensamente preguiçosa.

Ingredientes:

-Azeite; Duas cebolas (a receita original pede uma, mas esta é a parte de que eu gosto mais portanto uso duas não muito grandes); Açafrão da índias (também chamado cúrcuma); Três batatas médias grandes (adaptem as quantidades às vossas necessidades. Eu já fiz esta receita com todo o tipo de batata, mas é claro que só têm a ganhar se usarem umas batatas mais duras e saborosas como por exemplo as batatas vermelhas); Sal e pimenta; Umas colheres e água (ou caldo de galinha, se tiverem paciência); Amêndoas em lascas.


Preparação:

Cortem as cebolas em rodelas finas e as batatas com casca nas rodelas mais finas que conseguirem

Numa panela de fundo largo (com tampa) coloquem uma dose generosa de azeite. Cubram o fundo da panela com um estrato de cebola (ou dois, dependendo da quantidade). Assim:



Colocar um pouco de sal, pimenta e açafrão da índias por cima das cebolas sem mexer.

Colocar um estrato de batatas por cima das cebolas. Assim:



Temperar mais uma vez com pimenta, sal e açafrão das índias (Nota: a receita original só pede açafrão no primeiro estrato de cebola, eu gosto de ir acrescentando aos estratos de batatas sucessivos também)

Colocar mais um estrato de batata e mais uma vez temperar com sal, pimenta e açafrão.



Fazer quantos estratos for necessário até acabar as batatas (em geral 3 ou 4 estratos)

Acender o fogão em lume alto e deixar cozinhar alguns minutos. Com a ajuda de um garfo afastar delicadamente as batatas numa das bordas para verificar o estado de cozedura das cebolas. NÃO DESFAZER OS ESTRATOS DE BATATA. Quando as cebolas estiverem a escurecer está na altura de juntar umas colheres de água ao fundo da panela. A receita original pedia duas colheres, eu em geral uso umas 4 porque não quero que se pegue tudo ao fundo. Tapar a panela e reduzir o lume.

Deixar cozinhar sem mexer, mas verificar com cuidado de vez em quando o nível de líquido no fundo da panela. Se a água se tiver evaporado totalmente pode-se acrescentar mais um pouco. Cozinhar durante 15 a 20 minutos, sempre com a tampa, até as batatas ficarem cozinhadas. Tirar a panela do fogo e esperar mais 5 minutos (se conseguirem ;)

Entretanto colocar uma frigideira ao lume e tostar ligeiramente umas amêndoas em lasca. (isto ajuda imensamente a receita, mas não é obrigatório)



Provar as batatas e temperar mais se necessário. Servir com amêndoas por cima e sobretudo aproveitando o líquido no final da panela.

É delicioso! Eu na verdade consigo fazer uma refeição só disto, mas imagino que a ideia é que seja um acompanhamento :)



Nota 1: uma das razões pela qual não tenho postado receitas minhas é porque as minhas fotos são uma desgraça... Não tenho tempo, nem luz, nem máquina, nem jeito :). Por essa razão agora ponho estas foto em formato mais pequenino :)

Nota 2: A receita original vem deste livro de receitas muito fixe. Que explica muito bem até as receitas mais simples, para que tudo faça muito mais sentido na cozinha. Como podem notar na capa está uma foto imensamente mais conseguida desta receita que vos apresentei :)

a abertura mais bonita do mundo

estou a escrever sobre o meu primeiro filme da vida, enquanto a banda sonora toca alto ali na sala. este é um momento especial. mesmo desformatado, é lindo.



só agora me apercebi do significado bonito de, no dia em que voltei de regarregar baterias, ter à minha espera, ali nos correios, uma nova bateria do computador.

as minhas irmãs à vez têm por baixo do nome, nos vários chats, uma linha do vamos fugir do gil, que diz
Vamos fugir!
Pr'outro lugar
Baby!
Vamos fugir
Pr'onde haja um tobogã
Onde a gente escorregue...
eu fugi para uma terra muito pobre e feioca mas de onde não me apetecia nem voltar. o jp está lá mais uns dias. levei a austen comigo. deixei a cabeça perder-se, ou esconder-se. eu encontrei um tobogã na zona de olhão. eu fiquei na água tanto tempo. visitei uma salina, fui ao festival do marisco de faro. adormeci na praia, o que para mim é uma forma de arte. eu estive no mar com amigos. fui a tavira no dia em que a sic transmitiu em directo de lá todo o dia e o povo em todo o lado regozijava-se. eu jurei não voltar à ilha de tavira, pelo menos em agosto. eu já estou com saudades dele, até estou um bocadinho triste. eu vou arrumar a casa e deixar-me de merdas e enfrentar a tese pelos cornos.







ah! e há artistas em olhão.

As Praias de Agnès

Acho que não tenho capacidade para não gostar dos filmes da Agnès Varda, sobretudo aqueles que são narrados por ela. Só a cena inicial, a dos espelhos na praia, valem a ida ao cinema



E será estranho que eu associe tanto a universo da Varda aos livros da Natalia Ginzburg? (Talvez seja a forma forma feminina como as duas trabalham o tema da memória)

(tenho mesmo que ler o "Lessico Familiare" e ver os filmes mais antigos da Varda)

eu estava mais lá ao fundo mas vi este sol que não fotografei (foi a joaninha) mas onde juro ainda agora reconhecer toda a força e calor que me deixam a levitar.
foi em serpa, este junho, no doc's kingdom.

escrito já na casa nova, que é muito linda além de ser bonitinha.

Edamame

Sabem aquela entrada que às vezes se pode comer nos restaurantes japoneses, que consiste em jovens vagens de soja e pela qual normalmente se paga uns 4 Euros?

Bom, se forem a um supermercado chinês podem comprar Edamame por bastante menos: 500 gr. de vagens congeladas por 1,05 Euros.

Depois é só atirar com o Edamame para dentro de uma panela de água a ferver com um pouco de sal. Deixar a água voltar a levantar fervura e escorre (ao todo uns três minutos). Colocar num recipiente e, muito importante, juntar mais sal fino a gosto. Bastante sal.

Uma delícia. Para além de ser bom, é também imensamente mais saudável e barato do que a maior parte dos salgadinhos. Lembrem-se só que as vagens não são para comer (nós uma vez tentámos fazer isso num restaurante e não correu muito bem). Um pouco como os tremoço a ideia é comer os feijõezinhos de soja que estão lá dentro.

Também se pode fazer no microondas.

São absolutamente viciantes. De tal modo que algures hoje consegui comer um pacote inteiro sozinha :).

Receitas II

Bom, vou aproveitar que já estou meio embalada com estas coisas das receitas e aproveito para postar aqui algumas das minha receitas preferidas dos últimos meses, todas testadas:

1) Salada de abóbora com grão de bico e molho de tahini. Parece uma coisa complicadíssima, mas não é. É simplesmente genial porque tem pouquíssimos ingrediente que juntos fazem desta salada uma delícia. Há uma grande discussão aqui em casa sobre se o molho de tahini é essencial ou não. Para mim é, sem dúvida, mas o Afonso prefere a versão simples da salada e na verdade é boa dessa forma também. Só duas dicas: tenham cuidados com os dedos ao cortar a abóbora, eu dou graças a Deus pela invenção das unhas desde a última vez que fiz a receita. A pasta tahini (pasta de sementes de sésamo) não é difícil de encontrar. Qualquer loja de produtos naturais como o celeiro vende uns frasquinhos disto. Tenham só atenção ao tipo de tahini, nestas lojas há sempre o tipo escuro e claro de tahini. Eu uso sempre o segundo porque tem um sabor menos carregado. O molho desta salada, talvez misturado de forma um pouco mais leve, é excelente em muitos outros tipos de salada. Eu sou grande fã.

2) Salada de brócolos crus. Eu ADORO vegetais crus! Mesmo! Mesmo os que tradicionalmente não se comem crus. Simplesmente adoro a consistência dos vegetais crus. Durante muitos anos o meu vegetal favorito para comer cru foi o funcho, que normalmente como mergulhando os pedacinhos num pouco de azeite com sal e pimenta. Há quem goste de gelados, eu gosto de pinzimónio de funcho. Bom, recentemente para além do meu amor pelo funcho, desenvolvi um amor um pouco doentio por bróculos crus. Eu ADORO brócolos crus :). Como misturados nas saladas, em pinzimónio, ou então faço esta salada de bróculos. Tenho noção que não todos poderão gostar dos bróculos assim "au naturel", mas digo-vos para provarem. Se acharem a versão simples demasiado agreste experimentem estão esta salada, tem cominho, coentros, alhos e sumo de limão ingredientes que cortam um pouco a sensação a cru do vegetal. Já a fiz também com a ajuda do picador (fica pronta num instante) e é igualmente boa. (cuidado com a quantidade de alho)

PS - a melhor parte dos brócolos é o caule... Não deitem o caules do brócolos fora!! Se não gostarem mesmo de brócolos crus experimentem cortar o caule às fatias fininhas e salteá-lo com um pouco de azeite na frigideira... muito bom (que aliás é o que o Afonso faz com com a minha salada de brócolos crus, que isto de vegetais não cozinhado não é com ele ;).

3) Tarte-lasanha de courgettes. Deixo aqui também esta receita porque a fiz hoje e ficou muito bem. Eu em geral ODEIO quiches... aquele recheio esponjoso de natas e ovos põe-me doente. Mas gosto da massa das tarde e gosto de vegetais. Esta forma de fazer uma tarde parece-me interessante e na verdade funciona. É claro que não me dei ao trabalho de fazer a massa, comprei massa-quebrada já feita no supermercado :), mas mesmo assim ficou muito bem. A única coisa que vos posso dizer é para temperarem bem o molho de tomate porque faz toda a diferença. Eu juntei um piri-piri em pedaços, um pouco (muito pouco) de cominhos e um pouquinho de alecrim. Usei uma lata pequenina de tomate em pedaços e deu mesmo à justinha, podia ter usado um pouco mais de molho. Servi com umas folhas de mangericão por cima. Ah... na receita original diz que dá para 8... aqui em casa somos dois e sobrou mesmo muito pouco :)

4) Caldo de beldroegas. Por fim deixo aqui mais esta receita só porque começou agora a estação das beldroegas. Eu adoro, é simples e saborosa. As beldroegas são meio raras no supermercados normais, mas tenho-as encontrado muitas vezes aqui e aqui.



(sim, os ovos ficaram meio desfeitos. A única forma de eles ficarem perfeitos é escalfá-los numa panela à parte, com água e um pouco de vinagre) (a foto é do ano passado :)

Edit: Lembrei-me que também gosto muito desta forma de cozinhar frango. Se bem que será talvez uma receita um pouco mais invernal.

Receitas

Tenho sido uma desgraça a postar receitas aqui no blog. Não sei bem porque é, possivelmente a convivência com o namorado deixa-me um pouco menos de vontade para inventar, mas sobretudo para tirar fotos aos pratos antes de os comer. Quando o faço tenho preguiça de escrever o processo todo e acabo por não escrever nada. Há uns meses disse para mim própria que ia começar a escrever um post sobre receitas uma vez por semana... ha ha... como vêm correu muito bem. Sou óptima a manter a minha resoluções ;).

Anyway, a minha actual falta de vontade para cozinhar não significa que de vez em quando não experimente umas receitas novas. A net é fantástica para essas coisas porque me põe a pensar em receitas que de outra forma nunca me passariam pela cabeça. Tenho uma série de blogs de receitas no meu reader e quando há alguma que me interessa guardo-a e eventualmente experimento-a.

Demorei algum tempo a descobrir qual era a melhor forma de guardar estas receitas da net. A certa altura usei este programinho para Mac que tem exactamente esse fim, mas demorava imenso tempo a copiar a informações todas, e na verdade não precisava de nada tão preciso e exaustivo. A minha segunda tentativa foi guardar as páginas com receitas com este outro programa que uso para organizar os documentos no computador. O sistema não era mau, até porque o programa permite o uso de tags, mas eu raramente tenho o programa aberto e mais uma vez todo o processo acabava por demorar demasiado tempo.

Também tentei guardar essas páginas com receitas apetitosas com os marcadores do firefox, uma vez que agora permitem o uso de tags (as tags são essenciais para arquivar decentemente receitas!), mas acabei com um problema complicado porque ao fim de um tempo tinha tags como "frango", "tomate" ou "manjericão", misturadas com "programas" "mac" "responsabilidade social" "mestrados"... Uma grande salganhada, portanto. (e se para as receitas gosto muito dos sistema por tags, para outras páginas continuo a gostar mais da arrumação dos marcadores por folders temáticos).

Portanto, ao fim de várias tentativas cheguei à conclusão que precisava de separar os "alhos" dos "bugalhos" ;)... e aí lembrei-me que a certa altura tinha criado uma conta no Delicious que raramente usava. Era perfeito. O que fiz foi instalar o add-on do Delicious no Firefox. Assim cada vez que encontro uma receita que me parece simpática na minha leitura de blogs quotidiana (a maior parte ignoro) eu carrego no ícone do Delicious, classifico-a por ingredientes a partir das tags e gravo-a. É tudo! Tenho andado a usar este sistema há uns meses e funciona muito bem, nunca mais perdi uma receita, e nunca mais tive dificuldade em achar uma receita. Basta-me lembrar um dos ingredientes da receita e facilmente a identifico.

Pronto, todo este discursos para dizer o quê? Que estive a pensar e uma vez que estou praticamente incapaz de postar aqui sobre comida resolvi postar AQUI o link para a minha página do Delicious. Se, por acaso, algum de vocês quiser procurar uma receita a partir de um ingrediente específico pode sempre espreitar a ver se eu tenho algo gravado que vos agrade, não é nada demais. Não tenho pretensões de ter uma lista fantástica de receitas, é só que às vezes pode dar jeito.

Só duas notas:

- As receitas reflectem totalmente o meu gosto na culinária. Em geral são receitas rápidas de fazer, com muitos vegetais, muitos ingrediente mediterrânicos (e tenho um número razoável de doces gravados, o que é estranho, umas vez que eu raramente faço doces... mas acho que é por isso mesmo, tenho tantas dificuldades em fazê-los que quando vejo uma receita que me atrai minimamente gravo-a logo). Eu vou actualizando a lista quase todos os dias, portanto o número de receitas só poderá aumentar.

- Grande parte das receitas vêm sempre dos mesmo blogs, não se admirem. Isto é porque eu tenho no meu reader os blogs que me agradam em particular e são esses que vou acompanhando no dia a dia. A lista reflecte portanto coisas que vou descobrindo meio por acaso, mais do que qualquer pesquisa específica

eu que sou encaracolada e redonda às vezes sinto saudades deste tempo no presente em que toco e mexo e rebobino e comovo-me e farto-me destes road movies, alguns deles tão bonitos. tão bonitos. que são já uma parte de mim de que gosto e uma parte fora de mim a que quero continuar a voltar uma e outra vez. se a geografia também é interior, a minha cola-se totalmente com a destes meus filmes.

Três Portas

Caracóis dourados encontrou três portas: uma grande, uma mais pequena e uma ainda mais pequena. Uma era alta demais, outra era estreita demais, mas a última era mesmo do seu tamanho e ela entrou... (os ursos voltaram do seu passeio ao Douro internacional e encontraram-na a dormir profundamente numa das camas)

(foto tirada em Belmonte)

Notícias da Ria II

Hoje o dia acordou como eu, tarde e meio constipado... À uma da tarde o Ria ainda estava coberta com um nevoeiro frio que teimava em não desaparecer. Lagos só ficou visível lá para as três. Mas depois, resolvemos arriscar e ir para a praia e para nossa surpresa estava um final de tarde absolutamente magnífico, ainda melhor do que o de ontem. A minha constipação também pareceu desaparecer e portanto fui a banhos... pela primeira vez no Ano... numa água com uma temperatura mais do que simpática. Depois o ragazzo foi correr quilómetros Meia Praia a fora e eu fiquei a dormir um soninho descansado. Às 7 e tal estávamos de novo dentro de água. voltámos a casa, o tempo de uma cervejinha, um duche rápido e formos a caminho de Estômbar para jantar aqui. Menu do dia (obrigatório, não se pode escolher): presunto e azeitonas, camarões cozidos, salada de ovas de chocos, carapaus alimados,ameijoas à bulhão pato, arroz de tamboril, ensopado de borrego e Don Rodrigos.
Ainda tivemos tempo para dar um passeio por Ferragudo onde eu nunca tinhas estado!!! (o que não deixa de ser extraordinário, uma vez que passeio todos os Verões da minha vida nesta zona). Muito simpático, aquilo que o Alvor poderia ser, mas não é.

Só mais duas coisas:

-Esta é melhor altura do Ano para se fazer férias no Algarve sem dúvida, no restaurante estavam três mesas ocupadas.

-Já não estou totalmente transparente, agora tenho um tom douradinho claro claro... Há esperança.

(tinha reservado a noite de hoje para aprender finalmente a funcionar com a minha máquina fotográfica nova mas tenho sono demais. Talvez amanhã já hajam imagens.)

De qualquer maneira deixo-vos aqui este outro link para um blog de que gosto muito. Não é um blog imediato, mas depois é viciante e bem disposto e inteligente tudo ao mesmo tempo. É o único blog que sigo em que penso "esta menina é mesmo de outra geração!" (mais nova), mas depois algures percebo-a e isso deixa-me bem disposta. Bom, não sei, confesso que estava na dúvida se fazia sentido partilhar este link ou não, deixem passar algum tempo e depois um dia digam-me se também faz sentido para vocês.

Notícias da Ria

Bom, um post rapidinho, que o ragazzo tem medo que eu acabe com o saldo da internet móvel.
Primeiro dia de praia do ano :) Muito bom, mas acabei por não tomar banho. Estava um vento fresquinho e agradável e eu dormi um sono descansado enquanto o rapaz corria quilómetros pela Meia Praia a fora. Depois às 6 e tal o vento parou e ficou um fim de tarde excepcional... mesmo. Que durou horas, ou não fossem estes os dias mais longos do ano. Passamos pelo pão e ficamos ainda uma horinha aqui no telheiro a ver os passarinhos e a beber caipirinhas. E depois... trabalho (ah, pois).

Pronto é isso, não tirei fotos portanto não tenho nada para mostrar, mas deixo-vos aqui o link para o site muito lindinho :).

para a teresa que é mestre não só na rima em quadra.

viva o calor de ananazes,
o sol que tudo domina
as músicas alegres e curtas
e os lindos vestidos de menina.

viva aquele raio verde,
viva as saladas no verão
e viva também e sobretudo
o gelado de chocolate e limão.

viva as casas velhas e novas,
viva o mergulho no mar,
viva os amigos juntos em serpa,
a ver cinema e a comer, a beber e a bailar.

e viva ter tudo em expansão
em aberto na nossa mão
num único e lindo e essencial
permanente, fervente, mas tão bonito vulcão.

Therein lies the mysterious power of the summer dress. If you, like me, are a "dress" person you will know what it is that a dress, quite unlike trousers, skirts, shorts, blouses and jackets brings to the way you feel. It offers the promise of a life that is deliciously removed from the pressures of every day, the repetitiveness of routine, the need to be somewhere, do something, that makes up so much of our time, and transports you instead to something far more enjoyable and gracious. It allows you to dream, to slow down - to be girlish, even.
a. shulman, no guardian de hoje

eu adoro pensamentos destes - é muito tomara-que-caia -, e simplesmente adoro este vestido.

1935-2009

o joão bénard da costa é o melhor crítico português de cinema e é muito, mas muito, por causa dele que tenho um amor gigante por aquilo que faço. ele foi a primeira pessoa que me mostrou que gostar do que se fala abre um caminho mais directo para perceber alguma verdade nas coisas, a nossa verdade mas a verdade. eu estou a escrever verdade de propósito. a minha "formação" em cinema foi-me dada pelos textos dele e por alguns programas de rádio na antena 2. quando me apercebi de coisas menos bonitas no joão bénard da costa já o tinha levado dentro de mim para lá daquele ponto sem retorno. ele de nunca lá saiu e é-me impossível tirá-lo de lá. os livros dele estão perto de mim para, enquanto escrevo uma tese em cinema sobre um tema que ele não validaria (azarucho), me sentir perto dos textos mais bonitos e mais inteligentes sobre cinema escritos na minha língua. isto da língua afinal importa.

a cinemateca vai libertar-se e isso em princípio será muito bom.

se a oprah cobrisse portugal
se o wildest dream estivesse a acontecer
se os meus amigos escrevessem para lá
se eu pudesse escolher,

gostava que me ensinassem a tocar isto.
eu estaria ao xilofone. praticaria em casa todos os dias muito tempo até acertar notas e tempos e estar pronta a ensaiar com os restantes. obrigaria os meus inimigos a suportarem as horas infindáveis de treino. depois de tudo bem calibrado, apresentaríamos um mini-concerto aberto ao público todo onde seria apresentada a grande interpretação aos amigos que quisessem aparecer.
seria bastante curtinho, não chatearia muito ninguém e no mais traria uma alegriazinha muito fixe a quem ouvisse a coisa.




a foto não é a melhor, o ideal é ouvir com outro separador aberto. eu tenho uma outra versão, a que aparece no badlands. mas é sempre óptimo.
a biblioteca da gulbenkian, onde estou, tem wireless, que nice

O Cão Vagabundo

No Sábado, algures em Vila Nova de Foz Coa, vimos um cão a passear que o Afonso achou parecido o Cão Vagabundo. Confesso que fiquei surpreendida, porque tinha totalmente apagado da minha memória a existência desta série, mas quando o Afonso se pôs a cantar a música do genérico, com a letra toda completa, dei por mim a juntar-me a ele no refrão. Muito bom :)



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ainda bem que há trezentas mil outras séries prontas a receberem-me que a tv é o meu ansiolítico preferido. eu vou sentir muita falta dos irmãos e irmãs e do 30 rock que me dão alguma sanidade semana a semana. quando voltarem estarei eu no iníciozinho de uma outra saída que é a da tese. eu vou ter muitas saudades da liz lemon e dos walkers e por isso será um caminho mais solitário.
e o verão que não há meio de chegar e o tempo que teima em fugir.

Casas bonitas: Stella Tennant

Pronto, vêem o que eu queria dizer? Só têm casas bonitas estas modelos. É claro que neste caso da Stella Tennant deve ajudar o facto de ela ser aparentada com a família real, mas mesmo assim...

(Também vi uma vez a casa da Laura Ponte, e era linda, mesmo, muito bom gosto. Mas aí também se trata de alguém que casou com o sobrinho do Rei de espanha... São muito bem relacionadas estas modelos.)

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