Monday, September 27, 2010

Bumling

Img000-pola.jpg

O candeeiro chegou e já foi instalado. É um pouco mais pequeno dos que aparecem por aí fotografados em casas nórdicas, mas tendo em conta que a sala é pequenina até fica melhor assim. Original dos anos 70, vinha com o fio eléctrico verde escuro. Era curto demais e acabamos por o trocar por um branco. A luz da sala mudou totalmente.

Tuesday, September 14, 2010

In the second place

From the first place of liquid darkness, within the second place of air and light, I set down the following record with its mixture of fact and truths and memories of truths and its direction toward the Third Place, where the starting point is myth.

Janet Frame


(começa assim, o livro que eu estou a ler agora)

Sunday, September 5, 2010

Portugal is... in trouble



Mas, aparentemente, é também a surpresa europeia no uso da internet :)




Já o Brasil...



Bónus Extra ;)

Friday, September 3, 2010


estes continuam a trepar por mim acima e eu a alimentar-me disso.
que saudades, monstrinhos da tia!



lembro-me de aqui há vinte anos atrás das batatas fritas onduladas que a minha avó petitinhas servia ao almoço, numa travessa muita gira, colorida, parecia de plástico mas não era, ao fim de semana, na casa do estoril. eu ia com a minha irmã catarina, que tem menos um ano do que eu, e ficávamos lá com os nossos avós, a brincar aos restaurantes, a tentar perceber os livros do tintin em francês, a olhar para as coisas que tinham sido do nosso pai e dos nossos tios outros vinte anos antes, e a ser tratadas como as princesas que, enfim, somos.
a sala do estoril tinha uma cor muito pesada, ontem lembrei-me disso. o sofá tinha três lugares e acho que se encontrava bem de frente para a varanda, que era boa. do lado esquerdo da sala, de quem está sentado no sofá, encontrava-se uma estante com demasiada coisa, como era hábito das estantes do meu avô. muitos livros, muitos, muitos. e uma aparelhagem lindíssima, que agora está na casa de lagos da lucha. os meus avós tinham uma coisa mesmo boa, que uma comodista anafadita como eu sempre apreciará: bons sofás e bons cadeirões. havia um sofá para uma pessoa, leopardo, meio velvet mas tão bom, de frente para a super estante. esse agora está na casa da lucha, e o cadeirão onde o meu avô lia está aqui, mesmo atrás de mim. eu lembro-me hoje das batatas fritas que nem sei se seriam onduladas ou não e que a minha avó servia ao almoço ao fim-de-semana no estoril e emociono-me. a minha amiga marisa, que eu amo, mudou-se para s. joão do estoril, a casa do meus avós era em s. pedro. aquela zona para mim é mágica e linda e sem defeitos. a casa já não é dos meus avós, e os meus avós já habitam outros espaços (aqui terra como no céu).
eu não sei porque me ando a lembrar destas coisas, a minha cabeça não estava vazia - um vazio tranquilo, até bom às vezes- há tanto tempo.
a infância, a meninice, acaba quando tiver de acabar. há porradões na vida - e eu sou uma abençoada que não tem nem teve muita chatice na vida.
com o tempo, a visão define-se, apaga detalhes, puxa por outros, o real fixa-se de uma forma qualquer. as coisas passam, e sabia lá eu que, vinte anos depois, a imagem da batatas fritas na travessa colorida em cima da mesa de jantar da casa do estoril dos meus avós iria revelar-se tão inspiradora e tão poderosa. como um ponto de fuga num quadro qualquer, só que ao contrário.

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