Saturday, November 29, 2008

Stuck

Thursday, November 27, 2008

Apaixonada...

Por estas bota japonesas lindas de morrer... Chamam-se Sequoia :)



Aliás toda a colecção é linda.Para além de ser ecológica e biodegradável :)

Tuesday, November 25, 2008

Esta casa é linda...

Mais um passaroco...


Um tucano que vive junto da minha janela. A plantinha foi-me oferecida pelos meus trinta anos, com a explicação que em trinta anos iria tornar-se numa árvore e que portanto acompanhar-me-ia para o resto da vida. Como não a mudo de vaso creio que dificilmente irá atingir esse estado, mas as folhas têm crescido tanto que já ganhou direito a um lugar elevado.

Monday, November 24, 2008

Corners of my home...

Esta ainda é uma versão antiga da casa, no Verão, antes do A. ter vindo para cá morar connosco. O apartamento agora já está um pouquinho diferente, mais crescido e elegante, mas sobretudo com um upgrade tecnológico considerável (os homens têm a suas prioridades ;).



O quadro é um foto que gosto muito, de uma série que o Duarte Belo tirou na Amazónia há uns anos a trás. O passaroco foi feito pela artista Lisa Congdon, quando ela ainda tinha um blog e não se tinha dedicado à arte em exclusividade. A escultura azul foi um presente do A., é muito bonitinha, e foi comprada nesta loja da ETSY. Eu sou maluca por estas formas orgânicas marinhas, portanto acho lindo tudo o que esta artista faz. Por último as jarrinhas... têm um significado especial porque antes de estarem cá em casa estiveram décadas e décadas numa estante na casa dos meus avós. Acho que são feitas de dentes de baleia, mas de uma altura em que as baleias ainda não estavam em perigo de extinção. Tenho uma série de objectos cá em casa que conseguiram fazer a transição da decoração da casa dos meus avós para a minha, e na verdade adoro-os. Desde as jarrinhas às colheres de pau, há algo na transmissão geracional destas pequenas coisas que faz imenso sentido para mim, quanto mais simples e úteis melhor. As plantinhas na jarra, coitadas, já tiveram melhores dias. Foram compradas ainda no vaso, mas não resistiram ao meu tratamento...

Saturday, November 22, 2008

Julie Morstad




Mais aqui.
E aqui um livrinho muito lindo que está há algum tempo na minha wish list.
Mas o meu preferido continua a ser este, acho-o maravilhoso.

Friday, November 21, 2008

a menos de três semanas do regresso, são 4 e 30 da tarde, escrevo no lugar de todos os dias, de costas para a janela. estou a ouvir a joni mitchell, uma outra grande companhia da estadia. o inverno chegou com tanta imposição que as folhas das árvores ali debaixo cairam no chão. e hoje o chão só não está amarelo porque alguém as varreu. nos outros dias, as árvores pareciam rachas num quadro de folhas amarelas a cobrir um chão escuro. a viagem às montanhas e à praia ficou para trás mas as marcas estão ainda em mim.
a questão da américa, aprendo, é a dimensão.
na guiné, tinha já percebido o tamanho ridículo dos humanos num quadro real de natureza de proporções gigantescas. mas lá é tão natural que isso se sinta logo porque lá as distâncias dilatam porque as infra-estruturas estão todas deficientes. foi a áfrica que ainda pude conhecer, um país do tamanho do alentejo mas que me parecia infinito. no brasil foi tão forte, em minas aconteceu o mesmo. a velocidade a diminuir, a distância a aumentar e o caminho a transformar-se logo. três horas para fazer 23 km. mas na viagem entre o rio e s. paulo, feita de autocarro e também de carro, já se sentia um bocadinho o que senti naqueles 10 dias mini-on the road. a pessoa anda anda e anda e nem andou assim tanto, e não interessa assim muito. mas a pessoa sentir-se pequenina em movimento, em estradas sem buracos e às vezes vazias, em carros que aceleram, interessa (sobretudo a uma mina que escreve sobre o assunto). parece que por mais que acelere (não dá para acelerar assim tanto) a estrada não tem fim. só dá vontade de acelerar por isso mesmo.
sobre a natureza, que em cape cod é maravilhosa a jogar com as cores das folhas, deu também para sentir por uns momentos que o tamanho e a densidade são brutais. acho que aqui brutal aplica-se de facto. tentámos entrar nas catskills, entrámos mesmo nas catskills mas só lá estando dentro é que percebi isso da força da wilderness. as catskill mountains têm 87 picos. 87 picos. e não é uma serra assim tão grande. guiámos ainda um bocado lá dentro. enquadramentos lindos com vegetação densa. lá em cima havia neve, pouquinha mas havia. cá em baixo, riachos e uma linha férrea velha e inutilizada. casinhas lindas com fumo a sair da chaminé. locais com camisas quentes e botas boas para o outdoors. lagos, parques naturais, tudo em sequência.
lembrei-me tanto do twin peaks. para quem a série é referência, é assim a zona. camiões com troncos enormes de lenha, diners com cup of coffee e blueberry pie (que até parece ser boa). foi forte, sobretudo a chegada a um lago que vou descrever como sublime. era pequeno e numa ponta, onde estávamos, começava a extensão da água. o lago estava no cimo de uma montanha, portanto para lá dele havia qualquer coisa que não se via, um precipício talvez, não sei dizer. árvores lindas coloridas e muitas de um dos lados e rocha quase branca do outro. rocha que se elevava para cima, tão alto, e lá no topo, disfarçadíssima, uma super-casa, meio obscena por existir ali. ficámos sentados quase em silêncio. este foi o momento puro mais intenso destes 3 meses aqui e de muitos mais aí. só de descrevê-lo fico afectada.
volto para o trabalho com o coração a bater com mais força.

Thursday, November 13, 2008

Convivências...



A Miurka habituou-se rapidamente à presença do A. aqui em casa.

Tuesday, November 11, 2008

a vida em nova iorque é muito boa. mas tinha chegado a um ponto em que esta viagem era mesmo necessária. já deveria ter escrito muito mais. lá, consigo trabalhar bastante e deixei a minha cabecinha seguir esse erro estúpido que é o de pensar que esticar a corda nem é assim tão mau. ainda bem que a amiga da minnie ia para lá. tivemos de nos pôr a andar e em vez de taxis amarelos, gente de mil cores, sirenes de ambulâncias e bombeiros constantemente a bombar, muita bibliografia e filmografia para estudar, estive ao pé do mar e agora na montanha.
cape cod é muito lindo, é relativamente pequena, em 4 dias conhecêmos tudo. o edward hopper ia para lá nas férias e pintou lá uns quadros. casas bonitas com tabuinhas de madeira (mas não como a da mariquinhas), pintadas com cores suaves. como é outono, as árvores são muito coloridas, mas sempre em tons... mmm... outonais. árvores amarelas, vermelhas, cor-de laranja e verdes, uma paleta linda a partilhar o tom, seco amarelado. cape cod é zona balnear, prtt é muito chunga também. mas tem aquela qualidade usada e descartável que eu ia à procura. foi bem bom. a américa é construída em extensão (os arranha-céus são nas cidades e nova iorque é o palco maior) e cape cod é em si mesma uma extensão de terra, uma língua. portanto, um espaço rectangular, termina em provincetown, terra bué gay. o turístico está à beira da estrada, inn's e moteis, restaurantes maus, mini parques de diversão, farmácias, lojas, tudo. aí, é onde está a tal cena descartável e mastigada, decadente, que eu queria ver. quando nos afastamos da 2 estradas principais, descobrimos a cape cod mais real. a queque em chatman, a proletária em hyannis, a cool em yarmoth, acho. sendo que tudo é sempre provinciano. as pessoas todas têm um espírito de terra pequena, um sentido de comunidade, únicos. viajei pouquinho aqui mas encontrei sempre isso. não estou a ser blazé, sinto mesmo isso. prestáveis sempre em dar uma ajudinha, gritam um HIIIIII quando se entra numa loja e despedem-se sempre com um franco have a good day! isso reconforta-me, eu gosto mesmo da américa. (claro que o espírito comunitário neles extende-se para lá do razoável e, se for preciso, ligam à polícia a comunicar como o cidadão XXX ia a guiar muito rápido... credo)
o cabo do bacalhau não tem bacalhau nos restaurantes. o pobre come mal, nós comemos pessimamente. eu viajo um bocado para comer. a comida em cape cod é uma valente merda. a única coisa genuinamente boa que comemos foi uma taça de double chocolat fudge em gelado, servida com mini brownies quentinhos por cima. friendly's é a marca, uma cadeia, depois descobri. mas, de resto, é tudo frito, tudo servido com fries e tudo pode levar ketchup em cima. ainda bem que não vivo lá, comem mesmo muito mal.
salvaram-nos os olhos que viram muita coisa bonita.

e das montanhas, falo depois.

ah, ao fim de 4 dias de vida santa, de tanto dormir, de nada de muito duro fazer, acordei um dia sem sono. o que não acontecia há 2 meses :))))

Sunday, November 9, 2008

Com saudades da luz do verão...

Uma das coisas que gosto mais nesta casa é a sua luz, sobretudo no Verão. Entra cedinho pelo lado dos quartos e cozinha, dá a volta à casa e começa a espreitar pelo estúdio e no canto da sala a meio da tarde... Mantém-se assim durante algum tempo, enquanto passa por detrás do prédio vizinho. Mas depois, por volta das sete da tarde, liberta-se dos obstáculos e, já mais baixa e dourada, entra pela sala adentro, projectando-se contra a parede curva do fundo. Não dura muito tempo, quinze, trinta minutos, dependendo da altura do ano, mas é sem dúvida a melhor hora para se estar em casa...

A Miurka também gosta muito.



Wednesday, November 5, 2008

Obama beats McCain

a road to 270, no rockefeller center, foi feita com 2 elevadores exteriores, de onde saía 1 faixa de cada um deles - elevador azul com faixa azul democrata, elevador vermelho com faixa vermelha republicana. um gigantesco 270 encontrava-se a meio da torre. a contagem ia sendo feita e cada um dos elevadores aproximava-se do 270. quando chegámos, a multidão fotografa e gritava. vários ecrãs gigantes estavam dispostos à volta da rockefeller plaza. toda a gente era pró-obama. o countdown para as 11pm foi sendo feito com gritarias e ovações o-ba-maaaa, o-ba-maaa. os comentadores tentavam evitar falar como se a vitória fosse garantida, mas não conseguiam. a perspectiva histórica, a importância do acontecimento inspirou e emocionou todos. minutos antes das 11pm, não se conseguia dar muita atenção à conversa, uma grande excitação não deixava. às 11 em ponto, obama ganha. o elevador azul subia com rapidez; o vermelho, tão mais abaixo, devagarinho. muitos berros e lágrimas, muita felicidade e orgulho. um país destes unidos desta maneira é de arrepiar qualquer pessoa. (naturalmente, eu só chorava e sorria imenso.) o discurso do mccain teve pinta. o discurso do obama fez, e verbalizou isso mesmo, a ponte histórica entre um passado de censura, opressão e morte com um presente em que democraticamente uma nação unida (por causa dele, e da máquina que montou nos últimos 21 meses) colocou na casa branca uma família preta. o reverendo jessie jackson chorava, o senador john qualquer coisa, que lutou ao lado do martin luther king jr e que reuniu várias vezes com o jfkennedy, também. o povo todo gritava e chorava. numa escola no alabama, acho, todos dançavam e cantavam aquela música do stevie wonder here I am baby, signed sealed delivered I'm yours! agora tenho de ir embora mas quando tiver filhos vou-lhes explicar tudo isto, o que quer dizer, o que senti, o que vi. é um dia lindo, foi um momento único. estou muito emocionada.

Monday, November 3, 2008

Corners of my home...



Comprei estes suportes para velas na Bagatela do shopping center Babilónia há uns anos a trás porque gostei das cores. Depois quando cheguei a casa é que me apercebi que não deixavam passar a luz e eram, portanto, absolutamente inúteis para a sua função original. Aproveitei o facto que tivessem uma pega, preguei uns suportes de quadros na parede, comprei uns mini cactos e voilá... agora fazem-me companhia ao lado da poltrona no estúdio.

(já tenho saudades da luz do Verão)

Saturday, November 1, 2008

não tenho tido tempo para escrever. na próxima quarta, saio daqui por 10 dias, vou conhecer harvard, cape cod e as catskill mountains. umas mini-férias de carro alugado, com fotocópias atrás, vai ser bom.
os dias têm sido fundamentalmente trabalho. com o bocadinho de net que aqui tenho, consigo trabalhar em casa, o que sabe tão bem porque o frio chegou. a coisa já desceu dos 5º, aí num dia. mas hoje esteve-se muito benzinho, obrigadinha. desde a outra tese que não me lembrava o que era estar a dar naquilo de manhã, à tarde e à noite. portanto, a curtição da cidade dá-se na hora da comida ou do lazer.
continuo a achar piada às fotografias penduradas nas paredes dos diners ou coisas do género. fotos das estrelas, autografadas. nos italianos há sempre fotos dos sopranos e dos padrinhos, meio assustador. perto da biblioteca, há um sítio de pizzas, à fatia, que são bem boas. a melhor que devo ter comido cá. o sítio é para estudantes, balcãozinho pra comer, de lá de fora, da janela, vêem-se os homens a cozinhar, é fixe. mas digo isto porque continuo a viver o sítio muito pela comidinha. eles lá têm uma pizza com mozzarela, molho de tomate e tomate fresco, manjericão e um bocadinho de pesto que é tão, mas tão boa! vou ter saudades.
ontem, foi o halloween. saimos tarde da biblioteca, mas deu para jantar no etíope e ainda para copos num cubano. soube-me bem, mesmo apesar das quantidades de gente louca nas ruas. há uma parada anual, que sobe a 6av. desde perto de chinatown até às 23. carros alegóricos e muito, mas mesmo muita gente mascarada, mais ou menos criativamente. vimos um michael phelps brutal que estava de tanga às 11 e meia da noite no meio da rua. vimos também um homem de fato e chapéu de côco com uma maça verde presa à boca - era o quadro do magritte!!!, vimos também pessoas mascaradas de páginas do facebook, em que a cara da pessoa estava no lugar da foto do site. é louco, e eu não gosto do carnaval.
o jp deu-me a prenda na quarta. foi buscar-me à fac. eu estava nas nuvens porque tinha acabado de ver um filme maravilhoso na aula, daqueles que não dá vontade de falar a seguir. days of heaven, do malick. o joão estava sentado e disse-me: comprei a tua prenda. e eu obviamente: então dá! dá lá! ele, ao mesmo tempo, mas tenho de dar já. e deu. o joão levou-me a ver a joan baez. as pessoas sabem o que isso é para mim. mas sobre isso falou noutro dia.
a foto manhosa foi tirada do sítio onde fotografei as indianas. nessa tarde, outros noivos estavam a ser fotografados também. como se vê a skyline, assim a extensão toda, do lado oeste da ilha, o efeito é brutal. eu fiz o mesmo, que tenho uma veia algo foleirita. estou com o meu super casaco-pumpkin, grande amigo. pareço um barril mas pronto. hoje faço anos e recebi mimo de todos.

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