Thursday, April 30, 2009

Fake Polaroids

Já aqui tinha falado deste programa com o qual eu transformo as minhas fotos normais em falsas polaroid. O programa é simpático e na verdade muito útil, porque "in this economy", como dizem os americanos, o preço das polaroids verdadeiras é deveras incomportável.

Bom, no outro dia resolvi mandar imprimir uma fotos digitais pela primeira vez na vida. Fui ao site do Snapfish, aproveitei a promoção de boas vindas e mandei imprimir uma série de fotos que para aqui tinha. Entre elas mandei umas falsas polaroids sem muitos expectativas sobre o resultado final da impressão. Qual não foi o minha surpresa, uns dias depois, quando abri o envelope e descobri que eras a fotos que tinham ficado melhores. As outras nem estavam nada de especial porque em formato impresso os defeitos de focagem ou de luz notam-se muito mais. Mas as falsas polaroids? Lindas. Têm uma tamanho ligeiramente a cima do que as polaroids verdadeiras e, é claro, o papel é muito mais fino, mas o efeito é mais ou menos o mesmo e não deixa de ser uma óptima forma de imprimir fotos.


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Nada Banal

Queria só dizer que o Zé Mário é um Senhor como há poucos.

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Brincos de Princesa



Não há nada que me lembre mais a minha Avó Preciosa do que os brincos de princesa. Não são lindos? Associo-os muito aos jardins tradicionais portugueses (muito diferentes das modas orientalistas e tropicalistas actuais)e fico sempre contente quando os vejo nas janelas lisboetas. Uma vez o Pai da Fili deu-me uma estacazinha para eu plantar cá em casa que ainda chegou a dar flores. Infelizmente depois apanhou um bicho qualquer e morreu. Um dia destes tenho que voltar a arranjar uma plantinha destas.

(foto roubada despudoradamente daqui)

Tuesday, April 28, 2009

Of Time and the City

Fui finalmente vê-lo no âmbito do Indie e é lindo... Volta a dar no Domingo à noite, no Cinema São Jorge.



(fico sempre com vontade de começar a ouvir música clássica depois dos filmes do Terence Davies)

Edit: Bom, isto é de tal modo verdade que há uns meses atrás li uma entrevista com o Terence Davies onde ele falava da importância do seu "beloved Bruchner" (fala disso também neste filme) e resolvi que valia a pena ir à descoberta. Fiz os download das obras completas (não encontrei nada menos :), mas em .flac. Tive que ir à procura dos plug-ins para o Itunes para poder ler o ficheiro, mas no fim lá consegui ouvir Bruchner... Demasiado complexo para o meu pobre nível de erudição (não é que não tenha gostado, era só... demasiado). De qualquer maneira os ficheiros perderam-se quando a "gata" atirou o disco externo ao chão quando andava a aspirar, portanto... Acho que vou esperar uns anos e voltar a tentar.

Monday, April 27, 2009

o joão lisboa postou uma música maravilhosa do paul simon sobre o magritte e a mulher que ouvi já quatrocentas vezes e que tinha obrigação de me lembrar do album hearts and bones. eu tenho lugar especial no meu coração para o paul simon. mesmo lembrando do arzinho dele e do garfunkel no monterey pop, onde tocaram ao lado da janis joplin, jimi hendrix, jefferson airplane, otis redding, ravi shankar e outros grandes fritos cheios de soul e cujas músicas são sempre crescendos vibrantes e quentes. o simon and garfunkel cantam baixinho, sorriem, a angústia e melancolia das músicas deles está disfarçadita de ingenuidade. tem algum ranço, mas a vida também tem. eu amo esta:

(eu que amo o pet sounds dos beach boys encontro um bocado da minha praia no paul simon, enfim...)
mas a música que o joão lisboa postou - René And Georgette Magritte With Their Dog After The War - mexe com o magritte, com o magritte a mulher e o cão, depois da guerra, mexe com os prazeres íntimos do super artista que lá traduziu para imagens ideias complicadíssimas e lindas e das quais nunca me libertarei. e nem quero. mas então a música do paul simon junta o magritte aos prazeres privados em ouvir os The Penguins, The Moonglows, The Orioles e os The Five Satins, pretos lindos que cantam maravilhas, acho que dos anos 50, cheios de brilhantina e vozes sobrepostas incríveis cuja presença se encontra hoje ainda na música de um batalhão de gente.
o paul simon é o terceiro ângulo de um triângulo fortíssimo e nostálgico mas muito vivo. não é um triângulo apenas, o joão mostra. (há uma fotografia também mas dela não consigo pensar sem separá-la da canção.) a música do paul simon tem toda a humanidade, toda a fragilidade, toda a beleza que poderia ter por ser hiper-específica no tempo e nas personagens (tiques meus...), mas também por ser hiper-universal no que respeita ao modo conciso como se fala da apreciação de um prazer íntimo e em privado num pós-guerra mundial. e ainda há o nível do real: o magritte, os the penguins e os outros.
se calhar estou a ler tudo mal, mas é assim que sinto isto. o joão também postou músicas dos The Penguins, The Moonglows, The Orioles e dos The Five Satins, é mesmo a não perder.
eu simpatizo taaanto com o paul simon, pequenino, suave, rançoso e muito bom.

Sunday, April 26, 2009

Tralhas grátis

Quando recebi no outro dia o catalogo da Toast fiquei a pensar que mais catálogos fantásticos grátis haveria por esse mundo a fora. Em época de crise uma pessoa tem que ser poupadinha e receber uma coisinha pelo correio é sempre simpático. Bom, fiz uma busca na net e não descobri catalogo nenhum maravilhoso para encomendar, mas em compensação descobri este site. Trata-se de um fórum onde as pessoas assinalam todas a promoções existentes onde oferecem coisas grátis. Confesso que a ideia não fez muito sentido inicialmente, mas depois de uma pesquisa pelo fórum fiquei momentaneamente viciada... Milhares de coisinhas a distância de um click (bom, de um preenchimento de um formulário com todos os nossos dados pessoais). Quase tão bom como aquele site de onde descarrego os programas piratas para o Mac ;)... Único problema: Milhares de coisinhas inúteis! :) Ao fim de algum tempo apercebi-me que estava para ali a perder tempo a "encomendar" coisas que se me tivessem oferecido no supermercado eu teria recusado. Portanto, passou o momento...

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Mas isto tudo para dizer o quê? Que nas pesquisas lá no fórum uma coisa muito fixe eu de facto encontrei. Um site americano de maquilhagens, chamado Everyday Minerals, que oferece 5 amostras grátis de produtos (3 bases, um corrector e um blush) pagando simplesmente os portes. Não resisti e encomendei apesar do processo complexo de escolha dos produtos (milhares de cores). Chegaram na semana passada e são muito fixes, nada de maquilhagem a que estamos habituados. Esta maquilhagem consistem em produtos minerais em pó, vegan, não testados em animais e com pouquíssimos ingredientes (portanto hipoalergenico). Eu que nem costumo usar maquilhagem fiquei fan porque a ideia de usar uma base de pó levezinho parece-me imensamente melhor do que qualquer um daqueles produtos líquidos que me fazem imensa confusão. Não consegui usá-la ainda decentemente (apesar das amostras terem um tamanho decente, são cinco boiõezinhos) porque tudo aquilo se aplica com um pincel e eu não tenho nenhum (alias a minha maquilhagem actual acho que tem uma idade média de 8 anos, o que dá uma ideia do problema), mas em geral tenho gostado muito do produto, ao ponto de ter encomendado outro Kit grátis (ah pois, podemos encomendar quantos quisermos). O objectivo destes kits é permitir que as pessoas testem o imenso número de opções de cores e texturas que oferecem para encontrar a cor certa para cada um. O site é um pouco confuso por causa disso, mas não deixa de ter piada andar por lá a tentar perceber como aquilo se usa (aconselho a secção de vídeos). A outra vantagem enorme que tem é o preço... mesmo... Não é só o kit grátis. Os produtos são todos muito baratos e eles oferecem uns kits de escolha livre que me tentam imensamente (mas bom, vou esperar mais um pouquinho, provavelmente ainda me passa a mania). É claro que há sempre o risco de ter que pagar na alfândega... mas mesmo assim tenho a sensação que compensa.

(agora até posts sobre maquilhagem escrevo, o que não deixa de ser extraordinário :)

Tuesday, April 21, 2009

I think I'm in love...

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Isto faz tanto sentido para mim, nem fazem ideia... E agora estou a roer-me toda por dentro por não ter uma varanda...

(Afonsinho, acho que vamos ter que mudar de casa)

hoje gosto muito...

... desta foto.

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Tirada daqui.

Thursday, April 16, 2009

TOAST

Pronto, pelos visto a blogosfera toda sabia disto menos eu. Deste catálogo com fotografias lindas, lindas e coisas ainda mais lindas. Se tivesse dinheiro recheava a minha casa do algarve só com objectos tirados daqui... Como não tenho, vou-me acontentando com o facto do catálogo ser lindo e grátis :)





Basta ir aqui e pedir. Eu pedi o catálogo da casa e da roupa, mas na verdade só chegou o da casa. Pode ser que o da roupa já esteja esgotado.

Wednesday, April 15, 2009

Abril, águas mil...

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No espaço de menos de 10 minutos (não estou a exagerar) a vista do meu quarto mudou drasticamente e rapidamente começou a chover e a cair granizo com toda a força...

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A Miurka não achou piada nenhuma... (que barulho seria aquele?)

Monday, April 13, 2009

Miurka

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Gosto muito desta gatinha :)


Saturday, April 11, 2009

Hoje gosto...

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... destes mobiles, lindos de morrer. Daqui.

Wednesday, April 8, 2009

respirar é muito difícil. na natação, como na vida, o truque é controlar a respiração. há o movimento do ar dentro do corpo e o inverso, o corpo no ar. eu adorava saber dançar, mesmo dançar como as bailarinas delicadas e suaves, furar o ar. nadando furo a água, mas o ar é doutro campeonato. entre inspirações cheias e lentas e outras mais ansiosas a querer aproveitar o tempo, a escrita absorve, consolida e reflete e tudo isto com a sua própria respiração, o próprio tempo.

bom, vou para o sobral por uma semana.
daí o devaneio.

Tuesday, April 7, 2009

Os avós

Uma coisa que me continua a surpreender é quantidade de vezes que eu sonho com os meus avós maternos. Eu sonho muito, em geral, sonhos complexos e meio mirabolantes, mas sonhos recorrentes não são assim muitos. Talvez aquele em que descubro que afinal não fiz o exame de matemática e portanto vou ter que voltar para a faculdade, ou mesmo para o secundário (em Itália!) para acabar o que ficou pendente (pesadelo terrível que se reactualiza nas diferentes fases da minha vida), e depois os sonhos com os meus avós. São sonhos muito variados, não têm nada a ver uns com os outros, raramente são com os dois, e mais frequentemente são com o meu avô (que sobreviveu à minha avó uns 7 anos). É surpreendente não porque não gostasse deles, ou porque eles não fossem importantes, mas porque eles parecem estar muito mais presentes nos sonhos do que muitas outras coisas, e por vezes mais presentes nos sonhos que nos meus pensamentos quando estou acordada. É um fenómeno estranho que eu às vezes acho que tem outro significado, mas não sei bem qual é. (estranho mas agradável, fico contente quando eles aparecem)

Bom, os meus avós viveram toda a minha vida numa vivenda em Coimbra que eu gostava muito. Era uma casa simpática com um jardim que eu adorava e que possivelmente faz ainda hoje parte do meu imaginário sobre a minha casa ideal (com jardim portanto). Quando o meu avô morreu a casa foi vendida a um casal de meia idade que ia fazer grandes obras. Nunca mais lá voltei e apesar de não ser muito nostálgica em relação a ela penso que não a gostaria de ver agora na nova versão modificada. Não sei muito sobre o que aconteceu à casa, há uns anos tinham-me contado que as obras estavam paradas e que os novos proprietários ainda para lá não tinham ido e que o jardim estava meio abandonado, mas penso que entretanto a situação já se tenha resolvido.

Anyway, voltando aos sonhos, a questão é que quando sonho com os meus avós tenho uma grande necessidade de encontrar uma lógica e nexo nas histórias que vou criando. Dou por mim a reflectir nos sonhos sobre como tínhamos pensado que a minha avó tinha morrido a certa altura e afinal não, ela tinha recuperado ao fim de uns dias e portanto aqui está ela. Ou como afinal o meu avó tinha era ficado em Coimbra este tempo todo e por isso é que já não o víamos tanto... coisas dessas, para explicar o facto de eles estarem ali, à minha frente, a interagir comigo. Outra questão que surge por vezes é a de onde eles moram e estiveram este tempo todo... No último sonho fiquei preocupada e dei por mim a perguntar à minha avó:

"Mas... onde é que vocês vivem agora, se a casa foi vendida?"

E ela lá me explicou que como os novos proprietários nunca mais se decidiam a fazer obras, eles entretanto podiam ficar por lá.

Fiquei muito mais tranquila.


Sunday, April 5, 2009

Jochen Lempert

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Fomos finalmente ver a exposição do Jochen Lempert na Culturgest e gostamos muito. Infelizmente a visita guiada de hoje tinha sido cancelada e só soubemos na altura, mas pode ser que ainda lá volte para tentar ver a exposição com o guide tour dos auscultadores. Não sei, gostava de vos explicar melhor porque é que estas fotos fazem todo o sentido para mim, mas não tenho jeito nenhum para críticas. Com este tema tenho a sensação que dificilmente eu não acharia a exposição interessante, mas no entanto vai um pouco mais além do que isso... tem a ver com a maneira de olhar e de organizar e de pensar em imagem as formas e texturas.


Friday, April 3, 2009

Passeio

Hoje, se os ventos finalmente o permitirem, vamos uns quantos passear de barco pelo Mar da Palha.

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Só pode ser bom.

Wednesday, April 1, 2009

16 anos depois

Sempre fui menina de revistas, muitas revistas. Quando era mais pequena comprava a Bravo, em alemão, e recortava com avidez posters e fotografias. Depois fui para Itália e iniciei-me nas revistas de moda e cinema, se bem que as revistas italianas não eram as melhores. De todas essas leituras, do muito que aprendi, coisas úteis e inuteis lembro-me particularmente de duas imagens.

A primeira era a capa de uma revista francesa, eu acho que se chamava "Jules" (mas posso estar a inventar). Eu aí devia ser muito novinha, uns 15, 16 anos, creio, e devo ter comprado a revista a caminho de Itália. Na capa tinha uma Helena Christensen muito bonita vestida com um macacão de ganga lindo. Por alguma estranha razão eu adorava aquela imagem e guardei esse exemplar durante imensos anos.

A segunda acho que estava numa revista inglesa, daquelas que eu gostava mesmo, por serem muito mais fixes e interessantes do que as italianas. Quando eu tinha 18 anos fui 15 dias com a Arianna para Londres conhecer um pouco mais do meu país natal. Foram umas férias muito muito boas, desta vez nem tivemos a obrigação de ir para uma escola de língua. Arranjámos um hotel baratinho perto de Hide Park e passeamos-nos durante aqueles dias por lojas, parques, mas sobretudo mercados. Boa vida que tínhamos na altura :). Mas bom, uma coisa que faziamos, durante esses dias, era passar pela Victoria Station e comprar revistas. Revistas preciosas, que eu depois levei para casa e li e reli até à exaustão. De alguma forma estranha lembro-me que era um verão em que estava na moda comprar t-shirts de crianças e usá-las, bem justinhas e algumas das revistas tinham dicas sobre onde comprar as melhores t-shirts :) (tendo em conta que já se passaram 16 anos não deixa de ser extraordinário que me lembre disto).
Numa dessas revistas, algures lá para o meio, aparecia a foto de uma Kate Moss muito muito novinha e linda (isto foi na altura em que ela já era famosa na Inglaterra, mas ainda não tinha sido contratada como imagem de marca da Calvin Klein e portanto no resto do mundo era relativamente desconhecida). Eu não me lembro que revista era, nem que tipo de artigo... tenho só esta imagem visual, da Kate Moss sentada no chão, num backstage de um desfile, praticamente sem maquilhagem, com uns jeans, uma t-shirt de alças e uns tennis lindos de morrer... uns Adidas Gazelle bordeaux. Durante muito tempo voltei àquela imagem, que fazia imenso sentido para mim em termos de estilo (daquela forma estranha que as adolescentes têm de sonhar com uma imagem ou estilo ideal), e sonhava em ter uns tennis iguais. Só que a realidade é que eu na altura vivia em Itália e lá os Gazelle não estavam na moda... e algures com o tempo a ideia perdeu-se, outros tennis vieram e ficou só aquela fotografia na minha cabeça, de forma mais ou menos apagada...

Até ao mês passado :). 16 anos depois, algures a vontade de ter uns Gazelle voltou a aparecer e a fotografia da Kate Moss de tennis bordeaux voltou a ficar mais nítida. Procurei nas lojas, mas foi na Ebay que os achei.

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Não encontrei em bordeaux (provavelmente não estão actualmente em produção), mas estas em castanho servem perfeitamente. São lindos. Fiquei muito contente, como uma adolescente tonta ;)


(pronto, agora relendo esta história percebo que não é assim muito interessante para as outras pessoas :), mas bom, têm que ter paciência, isto faz todo o sentido aqui dentro da minha cabecinha)

Ah...

... queria só dizer mais uma coisa às minhas meninas...

t.hanks.jpg

;)


(ainda não tive coragem de voltar a lê-los, os posts. Eu sei, sou uma piegas sem estrutura emocional para estas coisas. Sinto-me como se tivesse ganho um Oscar Honorário, ou algo assim, e que toda a gente se tivesse reunido para dizer coisas simpáticas (e omitir as menos simpática) sobre mim. Com a diferença, é claro, que não fiz grande coisa para merecer tal honor, o que acaba por dar ainda mais valor a tudo isto)

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