Wednesday, August 1, 2007

palavras de naturezas tão diferentes mas que não saiem da minha cabeça:
1. em diamantina, apanhámos o festival de inverno, que tinha sessão de curtas sobre o sertão e fomos ver. a mais fixe de todas era sobre um projecto de cinema numa terra perdida lá no meio de um sertão qualquer. era engraçadíssima, mas fixe fixe era o título do filme q estavam a rodar´, que era brutal: OS NOVE MARMANJOS E O RABO DA CABRITA. ainda agora me rio a pensar nisso. n era pornográfico;
2. no cerro, na rodoviária, fui pousar um casaco à salinha do guarda volumes, onde estava um senhor encarregue daquilo. uma salinha mínima, toda velha e suja mas que tinha um espelho fixe. tinha posto um lenço no cabelo e, sem o homem ver, fui espreitar-me ao espelho, a ajeitar o lenço e os brincos. mas estava envergonhada e tímida e fiz as coisas sem o homem topar. quando dei por mim, ele olhava p o mesmo espelho, riu-se e disse: TÁ BONITA TÁ, NÃO PRECISA OLHAR NO ESPELHO. eu, vermelhíssima, saí de lá com um sorriso do tamanho da minha cara;
3.já nem me lembro onde, numa das estradas entre as terrinhas de minas, onde a presença da igreja é assim brutal, há recados pintados nas paredes das casas (tipo "sou feliz porque sou católico") ou até mesmo dentro dos ônibus com rezas. uma vez, olhando pela janela, passou um carro por mim e eu, toda leve, li o que o autocolante no vidro de trás dizia: DEIXE A CRIANÇA NASCER. engoli em seco e pensei que isto é que é eficiência assertiva;
4. em minas, o meu nome não existe. filipa é desconhecido. para além de suscitar risadas e desconforto por parte dos mineiros com quem ia falando, a coisa chegou ao cúmulo de, num hotel ranhosíssimo em belo horizonte, eu estar a mostrar o raio do meu passaporte ao recepcionista e este tenta ler o meu nome alto e sai-lhe FLGP. ele sabia ler, disse os meus 4 apelidos muita bem mas na cabeça dele era inconcebível pronunciar aquelas letras por aquela ordem. que coisa;
5. a minha irmã contou-e que o meu sobrinho diogo lhe disse que eu era uma princesa. que na cabeça dele no que toca aos laços familiares, eu era uma princesa. que coisa bonita.

5 comentários:

Anonymous August 1, 2007 at 9:39 PM  

e estavas provavelmente muito bonita

Alexandra August 2, 2007 at 2:27 AM  

Estavas de certeza LINNNNNNNNNNNDA!! Nossa princesa!

pandora August 2, 2007 at 6:30 AM  

oh que coisa boa. muitas saudades.

Anonymous August 2, 2007 at 8:09 PM  

simpático anónimo. f.

Anonymous August 2, 2007 at 9:36 PM  

nada simpático. verdadeiro.

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