Alcochete
Este fim de semana ficou bom tempo e eu e o A. fomos passear. Desde que o A. veio viver comigo para Lisboa que ganhámos este hábito de ir passear para Alcochete. Das primeira vezes fomos mais para a vila, dar um passeio por aquelas partes que já conhecia. Depois começámos a fazer passeios de forma um pouco mais sistemática pela região. Alcochete tem algumas vantagens grandes que faz com que seja a nossa zona preferida. Em primeiro lugar é fora de Lisboa (por muito que goste dos jardins em Lisboa, prefiro ir para lá mais na altura do Verão, quando posso ficar quietinha a ler ao sol) o que nos permite sair um pouco deste meio urbano onde vivemos todos os dias. Em segundo lugar é imensamente perto: o facto de um lugar tão bonito e tranquilo estar a 20 minutos de distância de onde vivemos parece-me um privilégio absurdo. Em terceiro lugar é o melhor sítio para se passear no estuário do Tejo, e eu confesso tenho um fascínio imenso pelos sapais da região e um fascínio ainda maior por toda a extensão do Mar da Palha e sinceramente não percebo como é que esta zona é tão negligenciada e não é a maior atracção turística da região. Em quarto lugar é uma zona enorme, que oferece inúmeros passeios muito diversificados e acaba por ser muito pouco frequentada. Por último, é também um sítio fantástico para se observarem passarinho, actividade que o A. gosta muito (eu não tenho particular interesse em observar passarinhos com binóculos, mas gosto muito dos passeios e descobrir zonas novas).
Por todas estas razões, volta e meia, lá nos tentamos despachar ao almoço (nós somos uma desgraça para nos despacharmos ao fim de semana) e rumamos em direcção à Ponte Vasco da Gama. No ínicio tivemos umas certas dificuldades com as nossas incursões porque uma vez saídos da Vila não sabíamos bem para onde ir. Eu até acho piada a essa modalidade, ir um pouco à descoberta, virar à esquerda e à directa sem rumo certo, mas o A. gosta bastante menos (se calhar porque tem menos sentido de orientação) e ao fim de algumas hesitações da minha parte fica uma pilha de nervos (lá porque de repente as indicações diziam Marateca não quer dizer que nos estivéssemos a afastar demasiado do caminho ;). Portanto, para contornar essas dificuldade tive que procurar informações sobre a região para não andarmos às cegas. Diga-se de passagem que é aqui que vemos o quanto este nosso país funciona mal... que desgraça. Temos o estuário do Tejo mesmo aqui ao pé, lindo, lindo de morrer, e não há excursões, há poucas vistas, as informações são raras e as infraestruturas inexistentes. Mas bom, fui pesquisar na net, não há muita coisa, umas informações sobre algumas zonas aqui e ali, mas nada de muito abrangente. O melhor que encontre acabou por ser foi esta reportagem, onde se definem uma série de percursos que abarcam toda a região e não só um pedacinho dela.
Para nós tem servido perfeitamente para termos uma ideia mais clara da geografia da zona e das áreas de interesse. O meu sonho é seguir o percurso todo e dar a volta pela ponte de Vila Franca de Xira e voltar pela A1, mas na verdade ainda não chegámos lá. A questão é que toda a zona tem imenso que ver, mesmo, um pequenino passeio ocupa a tarde toda, portanto temos andado a dividir as nossas incursões e a descobrir o terreno aos poucos. Fomos já à zona das "Hortas", onde agora há um centro de educação ambiental, demos uma volta pela zona do "sapal das Pancas", fomos passear pela Praia dos Moínhos e fizemos uma pequena incursão nas salinas do Samouco, e ainda mais uns lugares que não estão assinalados no mapa. Todos eles valem imenso a pena e merecem outras visitas. (Eu depois volto a falar deles)
Não sei o que é que irá acontecer à zona quando o aeroporto começar a ser construído, mas bom esperemos pelo melhor.
Esta é a vista do barzinho onde acabamos a lanchar no fim de todos os nosso passeios.
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