Friday, December 28, 2007

Documentários 3


Aproveitando a balanço da gripe dediquei-me hoje a ver as 3 horas do documentário Los Angeles Plays Itself. Muito bom. O filme é um pouco desequilibrado, no sentido que as 3 horas deixam espaço ara o autor/narrador divagar e aprofundar temas vários que por vezes parecem um pouco acessórios à ideia inicial do filme. Mesmo assim não deixa de ser um dos documentários sobre filme mais interessantes a que eu já assisti. Acho que não vou voltar a ver da mesma forma um filme (ou uma série, fiquei a pensar que este raciocínio se aplicava muito também às séries americanas) ambientado em Los Angeles.


"Dividing his film into three umbrella sections—“The City as Backdrop,” “The City as Character,” and “The City as Subject”—Andersen traces Los Angeles’s onscreen evolution from the anonymous to the distinctive, and the distortions, misrepresentations, and cultural violence that followed every step of the way. Urging the viewer to reawaken “conscious spectatorship” from the uncritical acceptance usually thrust upon one by the machinery of narrative filmmaking, Andersen plumbs the unconscious of the films themselves: their unthinking recording of the city which most have treated as a useful prop at best, the inadvertent, epic-length documentary record of Los Angeles contained in the innumerable films which have made it the “most-filmed city in the world.” In his voluminous assortment of clips—everything from classic Hollywood staples to experimental cinema, from sci-fi flicks, action films, and straight-to-video erotic thrillers to European art films and even some poetic pornography—Andersen charts the use and misuse of Los Angeles landmarks (the Bradbury Building, Frank Lloyd Wright’s Ennis House, Union Station), the mingled fascination and scorn heaped upon the city’s famously eclectic architecture, the decades-long, caught-on-film disintegration of regions like Bunker Hill or the once-thriving downtown, and the intriguing hints that Los Angeles may have been far more comfortably racially integrated in the first half of the century than today."


(Tem um pedacinho no fim sobre o Cassavetes ;)

Thursday, December 27, 2007

Filmes que gostava de ver...

In to the Wild

Documentários 2


Acabei agora de ver o Gates of Heaven do Errol Morris. Tinha lido aqui que este era considerado um dos melhores documentários de sempre e que tinha nascido de uma aposta entre o Herzog e o Errol Morris.

Gostei do filme (até porque o tema dos animais e personagens caricatos que se apresentam e representam nos documentários funciona bem comigo), mas não achei, de facto, o melhor que alguma vez já vi. Não sei, se calhar porque muitos realizadores já fizeram inúmeros filmes parecidos com este nos últimos 30 anos, ou se calhar, porque a reality tv americana dos últimos dez anos já tornou familiar o grau de insanidade e estranheza das pessoas reais (por vezes muito mais do que as personagens fictícias).

Bom, não que o filme seja só isso. Tenho que dizer que o que é interessante neste caso é que nenhum destes personagens é particularmente insano, ou mesmo caricato... São estranhos personagens, um pouco tristes e perdidos. Gosto desta explicação do realizador:

"From the beginning, I would always object when people would say, 'It's the pet-cemetery movie.' No, no, no, no! It's not about pet cemeteries. And the next question is always,'If it's not about pet cemeteries, what is it about?' Well, that's tricky! In essence, it embodies many of the ideas that are in every single film I've made. The obsession with language. Eye contact. An interest in accounts of subjective experience rather than objective reporting. The fundamental belief that if you scratch the surface of any person, you will find a world of the insane, very close to that surface."

De qualquer maneira um aspecto, em particular, chamou a minha atenção. Um dos personagens (reais) da parte final do documentário, o filho mais velho de um proprietário do cemitério para animais, tem um estranho discurso muito estruturado sobre motivação que me pareceu familiar. As suas cenas vão se intercalando com o do irmão e o do pai, mas, à medida que o filme se ia desenrolando, cada vez mais o que ele dizia se parecia, quase literalmente, com os discursos do personagem do Pai no filme Miss Little Sunshine. Este senhor explica para as câmaras que trabalhou muitos anos nos seguros, subiu de posição, mas não aguentou a pressão. Resolveu então voltar para a Califórnia para trabalhar com o Pai e o irmão mais novo no pequeno cemitério da família. Apesar da sua história poder ser vista como uma história de insucesso e de ele próprio admitir que é só o número três na empresa familiar, o discurso dele é totalmente desfasado desta realidade e ele só fala de sucesso e de auto-motivação e de incutir motivação nos outros.

Para ter a certeza fui confirmar no google e descobri aqui que o Gates of Heaven é o filme preferido da realizadora do "Miss Sunshine".

Só por causa disso passei a gostar ainda mais deste filme :)

Wednesday, December 26, 2007


os meus natais são ininterruptos e cheios de confusão e com a idade fico menos natalícia. eu tenho uma família muito grande, muito bonita e com muita pinta. irmãos somos 4, pais 2, sobrinhos 3, primos no mínimo 3 e depois ainda há os outros. há os tios e as avós, e a memória do avô. cabem lá amigos também. há o abrir as prendas, certeiras, o comer doces sem fim (concluí, com uma prima muito sábia, que as rabanadas são como as tostas mistas e as torradas: sempre melhores sem a côdea. ), o pensar que os natais vão mudando de forma, conjugações possíveis daquelas pessoas e desta pessoa, que também se vai reconfigurando.
depois vai-se para casa, ou para onde a pessoa se sinta em casa, e recupera-se o fôlego; pensa-se: agora só para o ano; passa um pensamento fugidio (tipo reminder): aguenta-te que daqui a uma semana tens outra festa simbólica (mais light, mas simbólica, which kind of fucks things up). mas, aí, a respiração já está controlada. e, dizia, está-se já em casa, no "nosso elemento", e...

agora, na primeira pessoa...

pus a tocar o cd que a minha tia lucha me gravou e esta amiga freak, a da foto acima, começa a cantar o cry baby, a gritar, a expulsar, meio desesperada, a uivar um bocado até. e no primeiro berro, redimiu os últimos dias, os stresses, o ritmo, a falta de dinheiro p as prendas, tudo. eu adoro a janis joplin. adoro. é o post natalício possível.

além de que vou a nova iorque com os meus irmãos e primos. brutal.

Tuesday, December 18, 2007

30 Rock

O meu novo "guilty pleasure" (que só é guilty porque deveria estar a trabalhar, não porque seja mau) é sem dúvida a série da Tina Fey, 30 Rock. Não é sempre equilibrada, é muito, muito americana (e portanto metade das piadas fazem referência à cultura pop actual dos States e quem não esteja actualizado não as irá perceber), mas quando é boa, é muito boa. Daquelas séries em que vale a pena ver um episódio inteiro só por causa de uma frase (eu gostei do "never go with a hippy to a second location" :).



Queria deixar aqui o início deste episódio (que tinha uma tema que me diz alguma coisa), mas infelizmente a única coisa que consegui encontrar foi o diálogo:

Jack: We’re going green, Lemon. And do you know why?

Liz: To save the Earth?

Jack: So we can drain the remainder of its resources. Don Geist is a genius. He’s pitting all the divisions of the company against each other, to see who can make the most money from this environmentalism trend, and i am going to win with…

Jarod: Greenzo! Saving the Earth while maintaining profitability!

Jack: That’s right Jarod, Greenzo is the first non-judgemental, business-friendly environmental advocate.

Jarod: The free market will solve global warming…if that even exists.


Ah, e dura só 20 minutos, portanto é o ideal para ver no intervalo do trabalho ;)

Filmes que gostava de ver...

Once

Monday, December 17, 2007



 


















mas o resultado é sempre o mesmo.


só tentativas









Friday, December 14, 2007

O presente de Natal perfeito



(pena que eu já tenha encerrado os meus)

Eu gosto deste
(tenho muito simpatia pelos desenhos do Exploding Dog)

Thursday, December 13, 2007

Boas ideias...

Para os milhares de proprietários de sofás Ikea que estão a pensar numa renovação...
Um site especializado em capas de sofás e cadeiras IKEA.

Wednesday, December 12, 2007

A melhor invenção do mundo!


(um nougat de pevides com chá verde e sésamo)


Comprado num supermercado chinês no Martim Moniz.

(ir a estes supermercados é um pouco uma aventura de exploração, fico sempre uma hora perdida por lá, fascinada com os inúmeros produtos que lá vendem. Acabo sempre por escolher um ou dois só para experimentar e ver como é. Este é absolutamente delicioso, genial até. Já o chá das 24 sementes que eu comprei... felizmente a minha companheira de casa gosta de sabores fortes ;)

Sunday, December 9, 2007

Bom dia!

Wednesday, December 5, 2007

Documentários 1

RIDING THE RAILS



Desde que descobri como funciona um torrent e a quantidade de giga que a minha internet me deixa para fazer downloads tenho andado a aventurar-me no mundo do download de filmes. Normalmente filmes que não conheço, mas de uma forma geral escolho sobretudo documentários. Não sei bem porquê esta paranóia, mas é verdade que sempre adorei documentários bem feitos e de todos os géneros este é o mais difícil de se ver no cinema, ou mesmo televisão. Tenho portanto andado a pesquisar em blogs vários à procura de informações e juntando vários torrents para downloads futuros (não tenho assim tantos giga)

Hoje vi este: Riding the Rails. Muito fixe. No inicio achei que ia ser um pouco descritivo demais, muito centrado na descrição do que era a vida daqueles jovens desamparados que andavam de comboio em comboio de um lado para o outro do país. Mas depois, algures, a história vai-se misturando com a própria história do país, mas sobretudo com as memórias das pessoas que dão o testemunho e o filme ganha outra dimensão... Bom, eu não tenho jeito nenhum para fazer reviews de filmes, a Fili é muito melhor do que eu nisso, não me alongo... algures o que que o que achei mais interessante foi a forma como conseguíram desmistificar da ideia romântica associada a este tipo de vida, mostrando o lado mais cruel da grande depressão americana, mas evidenciando, ou mesmo tempo, a forma como a noção de liberdade se articula, no imaginário e na realidade, à necessidade e ao sofrimento.

A banda sonora é muito boa.

Videos de que gosto...



isto também era boa prenda de natal.
já que uma lareira não pode ser.

sempre à volta do mesmo. acho que gostava de ter uma lareira, este natal. ponho umas velinhas que me dão algum conforto, são queridas e aconchegam mas o que eu gostava mesmo era uma lareira que pusesse tudo a cheirar a lenha queimada e aquecesse muito esta casa comprida.
gosto muito daquelas lareiras como vi poucas, em que o espaço para o fogo é tão grande que cabem banquinhos de lado, como se as pessoas ficassem dentro das lareiras, como uma pequena inversão fixe da ordem das coisas. o citizen kane, lá na casa gigante da susan alexender (?), tinha uma lareira brutal que fazia-os parecer liliputianos e essa não é bem a minha cena, eu é mais casa de bonecas. as lareiras modernas, daquelas com tampa, enfim... é melhor que nada. mas tira-lhes a pinta; castra-as, aquela tampa que tem de ser lavada.
uma lareira é aberta.
gosto muito dos quadros e dos filmes que têm lareiras, são fontes de luz lindas de morrer e, mesmo que o cenário seja medieval, a pessoa de algum modo relaciona-se com aquilo, é empatia automática, é certinho que vá gostar. há 2 ou 3 realizadores portugueses que têm isso.
a minha amiga bárbara tem uma lareira que não usa. é já um bocadinho bom. mas como ela tem espadas e uma espingarda antiga em casa, o filme é outro. quem tem pinta pode ter uma lareira e não a ligar. a minha irmã catarina tem lareira e usa. a lia e o antónio já devem poder começar a usá-la este inverno, amigos com lareira é a perfeição. (e crumble ou muffins ou bolas de berlim caseiras.) no sobral, há lareira. a cena é que só 4 pessoas podem disfrutar genuinamente do calor forte que ela liberta. 4 ou 6 pessoas.
há pessoas que são como lareiras, isso é muito bom, e muito bonito.
como eu gostava de ter uma lareira!

bem, do que gosto mesmo é poder escrever composições como na escola primária e não ter ninguém a chatear e ter 30 anos e ter gasto uns minutos a desabafar sobre coisas interessantes como as lareiras.

Monday, December 3, 2007

ETSY


Como prometido (a algumas pessoas) ficam aqui algumas dicas para fazer pesquisas na ETSY e encontrar presentes de Natal fixes.

O ETSY é um site gigantesco onde todas as pessoas que fazem ou produzem coisas à mão (roupa, malha, jóias, bonecos, malas, postais, fotografias, etc.) abrem uma loja e vendem os seus bens. Trata-se portanto de um site com milhares de lojas de artistas de todo o mundo a vender as coisas que fizeram. É portanto o sitio mais fixe para se encontrarem prendas originais.
Primeira coisa a ter em mente: o transporte demora tempo, por isso se quiserem ter o vosso presente antes de dia 24 é melhor fazerem as compras esta semana (ou confirmem sempre com o vendedor o tempo esperado de transporte - os vendedores do Etsy às vezes são mais desleixados com essas coisas do que os da Ebay)
Segunda coisa a ter em mente: O Dollar está baixíssimo :). É de facto uma alegria comprar uma coisa gira em dollares, acrescentar o transporte e depois verificar que afinal não era nada tão caro como tínhamos pensado. É de aproveitar.


A maior dificuldade com o ETSY é que tem tanta gente a pôr lá coisas que por vezes é difícil achar as coisas verdadeiramente interessante. Ficam portanto aqui algumas dicas para pesquisar no Etsy sem se ficar demasiado frustrado com a quantidade de missangas que lá vendem:

1- pesquisa por palavra(s) chave(s). Esta é óbvia. Tenho que dizer que depende muito do produto que se procura. Se escreverem bags, por exemplo, irão aparece milhares de coisas não sempre interessantes. Convém serem mais específicos. Nesta época do ano, uma boa pesquisa é 2008 calendar. Irão aparecer todos os calendários feitos à mão por todos os especialistas em postais e cartões do Etsy. Algumas coisas muito boas. Experimentem depois calendar 2008 letterpress, também dá bons resultados. Gosto também de fazer umas pesquisas bastante mais centrada no tema do objecto, mais do que no objecto em si. Por exemplo dogs, ou uma preferida minha urchin.

2- Uma vez identificado um objecto de que gostam, vão espreitar a loja onde se insere para verem os outros objectos do vendedor. Aí têm também uma outra opção de pesquisa de que eu agora gosto muito: os Favorites. Cada vendedor tem uma listagem de objectos e lojas favoritas no seu perfil. Se gostarem das coisas que ele faz também se calhar gostarão das que ele gosta (por acaso não é sempre verdade)... podem ir assim pesquisando de favorites em favorites, de vendedor em vendedor até acharem do que queriam. Estranhamente tenho verificado que muitos do vendedores não são assim tão criteriosos nos seus favorites, por isso guardei estes favorites da vendedora Eveluche... que me pareceram muito bons e que são uma boa introdução às boas lojas do Etsy.

3- Por último, mais uma dica, a time machine II. Esta opção permite-vos ver os últimos itens que foram colocados à venda ou então os últimos a serem vendidos. Quando estamos só a tentar ter ideias é uma boa opção. Se bem que eu fico sempre horrorizada com as coisas horríveis que as pessoas optam por comprar.

Não vos dou nenhuma morada específica de lojas no ETSY porque elas são muito variadas em termos de tipo de objecto, preço, etc. e depende dos gostos e do que se está à procura. Mas este 3 sites costumam ser boas fontes de links para objectos e lojas da ETSY (e não só).

Camila Engman
port2port
designsponge

Boas compras.

(a grande dificuldade de tudo isto é conseguirmos comprar os presentes para as outras pessoas sem ficarmos demasiado tentados em comprar alguma coisa para nós)

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