Passei os últimos dois dias a inspeccionar a abertura de um furo. Primeiro o processo de escavação de um furo de 26 metros de comprimento e depois a instalação da bomba e sucessiva extracção da água. O resultado foi um sucesso, mas confesso que não foi assim muito divertido. Muito tempo passado, um pouco inutilmente, a ver os homens trabalhar. Passado algum tempo dei por mim a vaguear e a inspeccionar o terreno, coleccionando o que me foi parecendo interessante.
(os cacos estavam algures pelo terreno. É claro que eu decidi que são vestígios arqueológicos importantíssimos ;). Bom, importantíssimos não serão, mas esta zona da Ria de Alvor é rica em vestígios neolíticos e romanos, portanto talvez não esteja a inventar assim tanto :))
Gosto muito das malas que esta senhora faz. Tudo com materiais reciclados, sobretudo tecidos antigos do exército. Todos em cores muito neutras. Mas parecem-me imensamente bem feitos e com um design muito simples e bonito. Muito lindos.
Vendem-se aqui (de vez em quando, ela não actualiza muito a loja, são peças únicas).
quando vejo os filmes com uma lupa, tento perceber o lugar da câmara que é a quem delego o meu olhar. então eu tento perceber como é que eu estou a observar: se as personagens guiam a minha atenção, se, mais autónoma, olho para o espaço para compreendê-lo, ou se simplesmente apanho aquela realidade e aceito-a como ela é.
o momento preciso da encantação entre o meu olhar e o da câmara é aquele momento mágico, este em que as três situações possíveis se sobrepõem e há uma química no ar. esta cena do lost highway é sensual e intensa e não é apenas por ser o encontro fulminante entre a querida femme fatale e um pequeno jovem frito - uma variação fixe do blue velvet. é porque a atmosfera toda está impregnada dessa tensão que a câmara agarra e expande e que me a passa a mim. há a câmara lenta, a fisicalidade dos actores, aquela música linda e óbvia cantada pelo lou reed, o passado e o presente das personagens e o próprio cenário: a oficina automóvel. do meu lado, que estudo e esmiuço, como agora se diz, rendo-me e aceito entrar naquela coreografia. é limpinho, limpinho.
Tenho sido péssima a postar coisas aqui no blog, mas sinceramente ando sem cabeça para escrever longos posts. Penso neles, mas a capacidade de os passar para o computador é demasiado reduzida. Portanto tem que ser assim, uma coisa de impulso e muito baseado em coisas práticas.
Começando por dizer que o melhor programa que dá neste momento na TV é sem dúvida o "who do you think you are?" da BBC. Dá num canal obscuro e estranhíssimo, que não sei se está disponível para toda a gente, que é o Zoner (74 MEO). Felizmente o Meo deixa-nos programar gravações e vai-me gravando os episódios todos os dias. São um pouco aleatórios, de temporadas variadas e às vezes os episódios são repetidos, mas têm dado regularmente desde que comecei a ver.
Trata-se de um programa em que ajudam uma celebridade qualquer (actor, apresentador, realizador, etc.) pesquisar a sua árvore genealógica e descobrir um pouco mais sobre os seus antepassados. A coisa funciona porque é feito pela BBC, no bom estilo documentário inglês, aproveitando as histórias de vida dos antepassados das pessoas para contar um pouco como era a realidade naquele tempo e naquele local determinado.
Portanto um programa que mistura estilo documental inglês, celebridades, um pouco de reality tv e história social. Estou absolutamente convencida que estavam a pensar em mim quando tiveram esta ideia.
Os programas são muito diferente, uns mais interessantes do que outros. Li algures que eles começam a preparar uma temporada à volta de 12 pessoas, mas que depois vão eliminando aquelas que não têm uma árvore genealógica muito interessante, ou que repetem um pouco temas já abordados.
Entre os que já vi está o do Jeremy Irons à procura das suas raízes irlandesas, o David Suchet a viajar até à Rússia, a modelo Jodie Kidd a perceber que o seu avó não era assim muito boa pessoa, o Jerry Springer (sim, o apresentador malfadado) a descobrir o que aconteceu às suas avós que morreram no holocausto, a actriz Julia Sawalha (da série Absolutely Fabulous) a reaproximar-se das suas raízes tribais na Jordania, a Patsy Kensit emocionada por descobrir que, apesar de o pai ter sido um gangster, muitos dos seus antepassados eram boas pessoas, muito religiosas...
A capacidade que os ingleses têm para terem os arquivos históricos organizados e disponíveis não deixa de me espantar...
Thursday, September 17, 2009
e eu estive uma semana sem fazer nada, dormi, vi televisão e quando o sol apareceu fui dar mergulhos e estar parada de olhos fechados com a cara virada para o céu. o tejo anda cheio de cruzeiros e num momento meio fraco lá sinto vontade de me meter neles e sair em direcção ao mar. quando me licenciei eu passeava bastante junto ao rio, sozinha, a pensar e tal. eu hoje já nem sei bem o que isso é mas faço planos para o próximo ano para depois perdê-los numa respiração qualquer. hoje no jardim do museu consegui prolongar um bocado o sol em mim, tão bom em tempos de amigos que já lá vão. doem-me as costas e devia estar a nadar, talvez hoje vá ver o ponyo. o sol bate directamente na sala à tarde e eu não quero sair daqui, esta casa é mesmo bonita no sentido em que é bonito estar nesta casa. vi tantos amigos esta semana, dos que raramente vejo. foi bom mas já está lá atrás. acontece que é 17 de setembro e eu entrei no mar 5 vezes este verão e isso fod...-me o espírito, é que hoje já pus jeans e tenho medo que o calor se vá porque muito sinceramente se ele se for, quando ele se for, tenho medo de não conseguir aguentar com isso.
Tuesday, September 8, 2009
amo esta versão. ignorar as imagens que distraem da música
Sunday, September 6, 2009
Saturday, September 5, 2009
Tuesday, September 1, 2009
o tarantino é um super herói, os filmes deles dão vontade de uma pessoa se benzer, a primeira cena do filme vale por mil, há lá uma outra que vale o filme todo, salas de cinema dentro de filmes mexem bué comigo, aquela encenação toda deixou-me de lágrimas nos olhos. o gajo mau é muito bom. depois do pulp fiction a pessoa não esperava muito mais. e depois veio o jackie brown. e depois os kill bills. (e pelo meio aquele excelente epis. do CSI.) o tarantino deixa a fervilhar tudo aquilo em que toca. pessoalmente, eu ainda não parei.