foi-me dito que o andrew wyeth, o pintor destes quadros, morreu este mês.
os mergulhos para dentro de água são tão bons quanto os mergulhos para dentro de todo o tipo de representações, words included. estou viciada em construir em espiral uma história, um contexto, um pormenor, a vida toda, à volta de cada retrato. em espiral porque é concêntrico o ponto de partida e é dele de ontem tudo vem e pode vir com muita força e a ideia fura para cima mas à volta dele. eu tenho uma entrada à qual se liga naturalmente a imagem o som a palavra mas a imagem acima de tudo, mas é só porque sou muito preguiçosa. eu sei que é assim com toda a gente.
e não tem só a ver com aquele prazer super básico e essencial de sentir o vento dentro de casa e alguma melancolia ao olhar lá para fora e perceber o caminho, ou relembrar a solidãozinha dramática numa imagem que por ser só espaço tem o tempo todo lá implicado, o interior pelo exterior.
mas o mais forte, o que hoje é o mais forte, num sábado de manhã com uma luz forte, com a secretária de frente para a janela que me mostra um caminho perpendicular e sem água, o mais forte é a cara do responsável por tudo isto:
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3 comentários:
Gosto muito do primeiro quadro.. :)
é o zé joaquim?
parece o tio tó benfo franco!!
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