Monday, April 28, 2008

Coca-cola

Aqui, um artigo interessante sobre as dificuldades que a Coca-Cola tem tido em implementar novas práticas sustentáveis e sobre o problema que os frigoríficos comerciais são para o ambiente.

(E aqui o outro lado da mesma notícia - nesta área todas as notícias têm dois lados, e todos os lados têm em parte razão, o que torna tudo muito complicado.)



(Estou aqui a tentar comer umas bolachas absolutamente incomestíveis. Cada vez que volto da suiça sinto-me na necessidade de fazer uma pequena desintoxicação dos quilos de massa que comi aos almoços e acabo sempre por comprar coisas pseudo-saudáveis no supermercado... Algures estas bolachas só estão no mercado por serem saudáveis, porque não têm nenhuma outra qualidade... que desgraça.)

Friday, April 25, 2008

Tuscany

Não consegui deixar de achar piada a esta parte desta entrevista com o David Attenborough. Apesar de achar que ele deve ter uma visão terrivelmente enviesada da Toscana, imagino que ele tenha razão, uma coisa é visitar e outra é viver... Mesmo assim é surpreendente. Porque, se é um facto que a relação entre seres humanos e mundo selvagem é imensamente mais preservada e respeitada do que... na maior parte do mundo, a natureza Toscana não deixa de ser uma das mais formatadas e definidas por essa relação. Wild é aqui um termo um pouco deslocado.(Mas é linda, de facto, um dia destes tenho que ir lá visitar a nova casinha campestre da Arianna)


"By now, he must have travelled to every sort of landscape in the world and I asked which was his favourite, expecting him to say somewhere like the Arctic or the high Andes. But to my amazement he answered: 'Probably Tuscany - where you've got human beings and the wild world living in harmony, with mutual respect, and nature still has a bit of leeway.' Tuscany! I thought he would be much more Spartan in his tastes. But he says: 'I don't mind going somewhere like the Canadian wilderness for a month, but I wouldn't want to live there.' And, actually, he never travels anywhere these days, except when filming."

Thursday, April 24, 2008

Oh, que coisas bonitas...

Tenho andado um pouco menos pelo Etsy (falta de tempo e sobretudo falta de dinheiro...), mas hoje segui um link e fui dar a esta loja...
(Muito bonito, apesar de eu gostar se colares mais discretos e elegantes...)

(... como este.)


(Lindo)


(Genial)

Tuesday, April 22, 2008

Strange Culture



"It was almost exactly four years ago that artist Steve Kurtz woke up to a relentless, how-bad-can-it-get nightmare. His wife, Hope, a fellow member of the Critical Art Ensemble, had died in her sleep. When Kurtz called 911, the ambulance crew noticed the materials CAE was working with in preparation for an exhibit protesting US food policies. They called Homeland Security, who promptly arrested Kurtz and confiscated, well, everything.

Via David Pescovitz at Boing Boing comes welcome news that US District Judge Richard Arcara has dropped the charges. The AP: "'Obviously this is a weight off his back, but he still had to suffer through this for four years,' said Kurtz's attorney, Paul Cambria. 'The last thing this guy is is a bioterrorist.'"

You may recall that Lynn Hershman Leeson made a film based on the case, Strange Culture (site), featuring Tilda Swinton, Peter Coyote and Thomas Jay Ryan. It screened at Sundance in 07 before David D'Arcy caught it in Berlin."


Outros links: aqui e aqui.

Monday, April 14, 2008

Japanland


A Filipa tem totalmente razão, a tese parece que nos bloqueia ao se apoderar de quase todo o nosso espaço mental e torna a leitura de um simples livro de ficção uma tarefa muito mais complicada. Para contornar isso a minha mente tem se interessado por outros livros, livros que falam um pouco de realidade e que por isso me deixam ficar com um pé na terra e não descolar.

Uma outra consequência da tese é o meu enorme actual interesse por temas relacionados com o Japão. Não sei muito bem porque será, acho que tem a ver com o facto de ser a terra e realidade mais longínqua, longe de grande parte das preocupações que deveriam ser as minhas preocupações actuais. Dou por mim a saber tudo sobre chá verde, a ler blogs relacionados com o Japão e a imaginar futuras viagens a esse país...

No meio das minhas pesquisas na net fui dar por acaso com este livro que faz a descrição de uma viagem que uma documentarista americana fez durante um ano no Japão. Pareceu-me suficientemente interessante e ligeiro para esta fase meio estranha em que ando agora e mandei vir o livro o mês passado. Acabei este fim de semana.

A autora passou um ano no Japão com o objectivo de conhecer melhor esse estranho país e de fazer um documentário. O livro é uma espécie de anexo ao documentário, um diário de bordo sobre as suas experiências mais pessoais e sobre o que ela aprendeu durante a viagem. Lembra um pouco os livros do Bill Bryson, se bem que com um pouco menos de ironia, mas com um pouco mais sensibilidade, "entrega" e vontade de conhecer a sério a realidade do país que está a visitar. O facto de ela ser mulher também acaba por ser uma vantagem: entre o que mais me impressionou no livro foi exactamente perceber como este país ainda é um país de regras e costumes e como o papel da mulher continua muito pré-definido. Não sei se a sua visão sobre a realidade do país não será em parte enviesada pela sua dificuldade em se integrar, mas apesar de ter achado algumas partes do livro um pouco um catálogo de eventos tradicionais, no seu conjunto gostei de o ler. Confesso que acabou por ter um duplo efeito sobre mim... Por uma lado continuo com uma vontade enorme de lá ir, de comer aquela comida, de visitar aqueles lugares, de conhecer aqueles contrastes. Mas por outro fiquei surpreendida com toda aquela rigidez e protocolo, assustador para quem cresceu no meio dos valores individualistas e feministas ocidentais.

O livro tem ainda outra coisa boa. Depois de ter lido todas aquelas descrições, pude ir à net e ver o primeiro (aqui, aqui e aqui) de quatro episódios do documentário que ela acabou por fazer. Oportunidade para confrontar as imagens que tinha construído dentro da minha cabeça com a realidade. (não sei se teria gostado muito do documentário se não tivesse lido o livro).



(continuo a ser uma péssima crítica de livros e filmes :), mas ficam com as informações...)

Friday, April 11, 2008

Soylent Green

Desde que comecei a fazer esta tese e a estudar temas relacionados com o Desenvolvimento Sustentável tenho pensado muito num filme que vi quando era pequena.

Não sabia o nome do filme. Na verdade, este faz parte de uma série de filmes estranhos que vi por acaso, na TV, antes dos meus 10 anos de idade, e que por alguma razão me ficaram gravados na memória de forma muitas vezes adulterada. Era uma altura em que tinha hora fixa para ir para a cama (ui, há quanto tempo) e em que acabava muitas vezes por só conhecer o final do filme no dia seguinte pela versão que os meus pais me contavam.

Este é um destes casos, a memória que tinha era de um filme a preto e branco, muito apocalíptico, num mundo com poucos recursos e demasiadas pessoas, em que um homem rico é assassinado e em que no meio da confusão um detective tenta descobrir o mistério por de trás dessa morte. Lembro-me das cenas do mercado, das multidões, dos bulldozers que vinham apanhar pessoas não se sabia bem para quê, da falta de comida e lembro-me que o homem assassinado tinha no seu cofre um pedaço de carne animal, um bem muito escasso (bom, esta última parte acho que não é bem assim, mas era o que me lembrava).

Ao longo dos últimos anos tenho tentado descobrir que filme era este, mas as referências eram demasiado poucas. Cada vez que leio um livro ao assisto a uma conferência sobre os desafios do Desenvolvimento Sustentável é nesta história que penso, o meu primeiro contacto com este tipo de questões...


Mas bom, isto tudo para dizer que recentemente, graças a esta lista, descobri que filme era esse. Para meu espanto fiquei a saber que o detective era interpretado pelo Charlton Heston, que afinal não era bem a preto e branco e que até é um filme conhecido. Pelo que li aqui, de facto, algumas das minhas ideias sobre o filme foram um pouco reconstruídas pela minha memória de criança, mas, apesar da história estar mais centrada em torno da investigação e de uma conspiração (tenha a impressão que se o visse hoje não o acharia assim tão interessante), certas as ideias centrais estão de facto lá: o aquecimento global, escassez de recurso, o problema da sobrepopulação... Temas que já existem há muito tempo no nosso imaginário.

Notícias como esta fazem-me pensar que é um imaginário cada vez mais real.

Wednesday, April 9, 2008

Documentários...

Continuo com a minha mania dos documentários. No outro dia apanhámos um doc genial na bbc, sobre animadores de festas infantis que se vestem de palhaços... Parecia um episódio do Extras, só que real e muito mais terrificante.

(o trailer mostra o filme quase todo, be aware)


Hoje fiquei com vontade de ver este outro filme:

In Weijin Chen's Please Vote for Me, which was commissioned by Why Democracy, a Wuhan primary school class holds its first-ever democratic election of a third-grade monitor. Sounds simple, right? Wrong. The audience quickly started roaring with laughter - tinged with horror - as little emperor Cheng Cheng, bossy Luo Lei, frequently tearful Xu Xiaofei, and their respective parents matter-of-factly resort to a degree of dirty dealing that would make even Karl Rove blush. Cheng Cheng, especially, is a mini Machiavelli, offering bribes and empty promises in exchange for his classmates' votes. When the winning candidate is announced, it comes as a shock.


Monday, April 7, 2008

Magnólias e Camélias







Vistas aqui, num dia um pouco chuvoso.

Tuesday, April 1, 2008

o meu pai mora em bruxelas e eu vim visitá-lo por uns dias.
eu gosto muito de estar aqui. o meu pai dá-me pocket money e destrói em segundos a torre erguida a muito custo, a torre dos 30. e eu com um sorriso nos lábios por ver que ela até cai com facilidade. aqui, é frio e chuvoso e cinzento. por causa disso, tudo está muito organizadinho e quentinho, tudo é muito cómodo e funcional porque na rua não rende nada estar. por isso, é um sítio perfeito para se trabalhar. para trabalhar na comunicação que se tem de apresentar em aveiro, daqui a 3 semanas, em inglês, sobre um filme que, temo, não irá resistir em mim a tanta reflexão. bruxelas também é bom para comer. não é bom, é o melhor. portugal e itália são gloriosos, mas aqui come-se muito bem pratos de todo o mundo. muito bem mesmo. por exemplo, ontem dinamitei o meu estômago num restaurante tailandês, mas hoje pude mimá-lo e forrá-lo com um crepe francês perfeito com mel e limão. e, assim, com mais um sorriso, sofri menos na barriga. a glória, essa é da cerveja. bruxelas tem cinemateca, bons museus e livrarias, concertos fixes e lojas super cools. mas não para o bolso de uma bolseira, claro.
aqui em casa, o chão é quentinho, a vista de qualquer das janela(ça)s é genuinamente bonita e os sofás parecem sussurrar filipinha, deita-te aqui, que sou quentinho e fofinho. tudo está no sítio em que deve estar, porque com o meu pai é assim. a ordem é respeitada e só assim pode surgir a tranquilidade e o equilíbrio. nisso, é muito pouco freak. mas não faz mal que juntei mais soul e rock ao itunes dele.
é um privilégio poder encontrar poiso num lugar assim, por tudo, tudo isto.
a vida trata-me bem.

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