Friday, July 18, 2008

Despedida da Suiça

Estou actualmente em Bellinzona, naquela que será, possivelmente, a minha última viagem à Suíça. Em Setembro o ragazzo muda-se para Alvalade e eu deixarei de fazer estas minhas escapadelas regulares.
Tenho pena, no entanto, sabe-me sempre bem vir passar aqui uma mini temporada. É tudo muito tranquilo e verdinho, muito verdinho. Há sempre montanhas por todos os lados, os jardins são uma delícia, e o respeito que eles têm pela natureza é de facto invejável. O Ticino tem um clima muito agradável no Verão (apesar deste ano estar um pouco instável) e o Ticinesi são absolutamente viciados em esplanadas.

A Biblioteca

Passo quase 9 horas por dia nesta biblioteca e tenho que dizer que é uma das bibliotecas mais simpáticas que conheço. Sobretudo porque é grande (desproporcionalmente grande para o tamanho da cidade) e não tem quase ninguém :).


Este é o átrio da biblioteca. As portas pretas no cimo das escadas são a entrada da biblioteca, que abre só às 10. Aqui como pequeno almoço todos os dias, leite com café e uma espécie de croissant. É aqui também que leio os jornais do dia. Há vários disponíveis, mas depois de várias experiências acabei por perceber que a melhor fórmula era ler o Le Monde e do Il Manifesto. Os jornais italianos são complicados de ler quando não se está dentro do contexto porque tendem a codificar os títulos e temas. Il manifesto no entanto é uma boa leitura, um jornal muito de esquerda, de inspiração comunista, que é geridos pelos próprios jornalistas e que vive sobretudo das assinaturas feitas pelos leitores. Tenho sempre que passar por cima de alguns dos artigos mais radicais, mas na verdade a maioria das reportagens são excelentes e os temas não sempre óbvios (quer dizer óbvios para um jornal destes, não óbvios para os jornais normais). O Le Monde é o Le Monde e permite-me ter uma visão um pouco mais alargada do mundo;)


Depois das leituras matinais vou para a Sala "di consultazione", ou seja a sala onde tenho acesso à Internet. Durante o Ano chego a partilhá-la com 10 pessoas, agora no Verão estou aqui sozinha.



Como vêm as montanhas são omnipresentes em toda a Suíça, é quase impossível olhar de uma janela e não ver uma montanha. Esta é a montanha que me faz companhia aqui ao lado da biblioteca. No Inverno as árvores perdem as folhas e vê-se uma casinha lá em cima, neste momento está escondida pelo verde.

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