Monday, December 8, 2008

e passaram 3 meses certinhos tão bons, muito intensos, muito românticos e muito cool. da outra vez, no último dia, eu, que gosto de closures, vi o manhattan do woody allen que foi o meu filme da vida durante uns anos e à noite fui com a querida joana ao empire state building. estava emocionada e feliz. desta vez, não sinto necessidade de desenhar o the end, porque a última coisa que eu quero é o fim.
mas pensei num post. queria postar bocados de filmes que fazem o meu sentido, o início do manhattan, a idade da inocência do scorsese, a chinatown da rosa púrpura do cairo (acho), qualquer coisa do spike lee, talvez o lou reed, o when harry met sally, o an affair to remember, o normal.
mas a verdade é que há um único filminho que junta tudo o que nova iorque é em mim, ou foi até ao momento da chegada, mas que continua muito vivo ainda para lá disso. lembro-me de, novinha, o videoclip passar na televisão e eu emocionar-me. é muito embaraçante, mesmo.
convém explicar que tenho um tio que vivia na américa (aqui, in fact) na altura e que eu gostava já de ver filmes. spielberg e assim. o tio sempre foi um bocado qualquer coisa meio fascinante porque não só decidiu ir viver para longe da família, coisa que era super rara e admirável, como escolheu morar em nova iorque. era o meu tio da américa. trazia sempre presentes super loucos para todos, então nova iorque era mais mágica ainda. ele parecia gostar muito, tudo aquilo mexia comigo, ainda mexe claro está.
assim, os filmes e os videoclips passados em nyc, eu gostava deles porque eram fixes mas também porque estavam ligados a uma realidade/liberdade qualquer que eu só conhecia através desse tio, de quem nem sequer era próxima.
quando o videoclip que eu amava aparece, começou logo a funcionar como um selo. tau! a música é xaroposa, tem blacks a cantar, tem uma história pirosíssima, mas sobretudo o pano de fundo é nova iorque. eu acho q na altura nem conseguia perceber isto que estou a dizer, mas sentia genuinamente tudo isto que estou a descrever. as pessoas com casacões em movimento em ruas em obras. pessoas a sair do metro, pessoas com ar pouco feliz, a viver concretamente a vida delas, pessoas num autocarro. era a imagem de nova iorque nos 80's. lembro-me tb na escola primária de ser-nos explicada a paisagem rural e a paisagem da cidade, e eu sentir tão mais, mas tão mais da cidade.
eu tenho muita vergonha de partilhar isto, mas isto sou eu e por isso a vergonha que se lixe.este é o videoclip:

não é maravilhoso? dentro da categoria "sem explicação", gosto verdadeiramente dele. (eu cresci, o tio emprestou-me 2 vezes a casa dele em nova iorque e nem tenho como lhe agradecer.)

1 comentários:

Maria João December 9, 2008 at 3:01 PM  

Ganda tio e ganda sobrinha...luv u!!!

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